sexta-feira, 14 de setembro de 2007

SABER VIVER - As Palavras Que Não Passam.

Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão. - Evangelho de Mateus 24:35

Antes de mais, quero agradecer a todos os que têm acompanhado com agrado este blogue. É um prazer também mim partilhar a preciosa Palavra de Deus neste espaço. Mas tenho pena que não deixem um comentário de apreciação ou sugestão acerca do que lêem. Peço, gentilmente, que o façam, por favor.

As palavras do texto bíblico de hoje, foram proferidas por Jesus nos últimos tempos do seu ministério aqui na terra. Jesus falava com os seus discípulos acerca do futuro e das profecias do Velho Testamento acerca da sua Segunda Vinda e do Fim do Mundo.

Como vemos, revelou-lhes que tudo haveria de passar menos as suas palavras. Isto é, o mundo passará, as coisas do mundo passarão, os interesses do mundo passarão, as doenças e problemas do mundo passarão...tudo o que temos, vivemos, sentimos e fazemos, passará!

Todavia, por que somos tão agarrados ao mundo e às suas coisas transitórias, quando temos a palavra e promessas divinas muito melhores e que nos vão fazer felizes eternamente?

sábado, 8 de setembro de 2007

PALAVRA PARA OS LEITORES

Tem sido uma experiência fascinante partilhar connvosco os meus pensamentos mas, sobretudo, partilhar a Palavra de Deus.
Gostaria de pedir-vos que deixassem registada a vossa opinião acerca do que lêem. É bom sentir o vosso apreço e gratidão, bem como as vossas críticas e expectativas.

Agradeço-vos a todos.

Joaquim

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

SABER VIVER - A Grandeza de Uma Nação.

Guardai-os e observai-os (os estatutos e preceitos de Deus), porque isso é a vossa sabedoria e o vosso entendimento à vista dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Esta grande nação é deveras povo sábio e entendido. - Livro de Deuteronómio 4:6

Estas palavras de Deus foram dirigidas ao povo de Israel, como recomendação para que tivesse o cuidado de não se esquecer de Deus quando conquistasse a Terra Prometida e, por outro lado, para que desfrutassem de respeito, influência e admiração por parte de outros povos e nações do mundo.

A condição de espiritualidade, pressupunha o seu relacionamento e benção de Deus. Guardar a Lei de Deus e procurar seguir o seu padrão era o fio condutor através do qual alcançariam sabedoria e entendimento.

Mas o aspecto essencial desse trecho bíblico, mostra-nos algo de extraordinário. É que se o povo mantivesse uma sólida relação com Deus, guardando religiosamente o ensino da sua Palavra e seguindo os seus preceitos e princípios, obteria em consequência disso uma maior consideração por parte de outras nações.

A Europa é cristã. Cristianismo é o evangelho de Cristo, com princípios que regulam a vida e o comportamento dos cidadão de forma que sejam um exemplo daquilo que professam ser. A forma como os povos da europa vivem o Cristianismo e os seus valores, produzirá o respeito e admiração - ou não - por parte de outras nações e povos.
Temos um Deus grandioso e supremo, e temos uma religião de grandes valores e virtudes. Saibamos pois merecer a honra. Porque há coisas que não se conquistam. Mas marecem-se!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

SABER VIVER - Saber Pedir.

Em Gibeão apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos, e disse-lhe: Pede o que queres que eu te dê. - I Reis 3:5

Esta pergunta é a maior surpresa que alguém podia receber. Mas provavelmente, ninguém responderia como Salomão o fez. E já explico por quê:

1. Salomão NÃO pediu o que precisava. Ele era um rei. Mas não tinha tudo, nem podia tudo. Precisava de poder e riquezas; um reino longo e próspero; saúde e felicidade; prestígio, honras e glórias. Precisava de tudo o que qualquer um de nós precisaria.

2. Salomão NÃO pediu o que merecia. Salomão foi um rei escolhido por Deus, para completar a obra do seu pai, o rei Davi. Era, por isso, um homem de Deus. Ele merecia ser abençoado e concedido o que pedisse.

3. Salomão NÃO pediu o que os outros mereciam. Salomão tinha muitos inimigos, talvez por ser um rei de um povo abençoado e protegido por Deus. Portanto, ele podia ter pedido a destruição e castigo dos povos inimigos, ou a maldição de todos os que o desejavam mal.

Afinal, o que pediu ele?
Salomão pediu, afinal, o que os outros precisavam. Salomão pediu sabedoria para governar bem o seu povo, para agir com justiça e equilíbrio, para ser imparcial, para fazer bem a todas as pessoas. Salomão, na única oportunidade que teve na vida para pedir tudo o que quisesse, vemo-lo esquecendo-se dos seus interesses e ambições para pensar nos outros.

Pensem nisto todos os dias em que estiverdes neste mundo. Jesus disse, que "tudo o que fizerdes a um destes pequeninos (ou ao próximo), a mim o fazeis".

sábado, 1 de setembro de 2007

SABER VIVER - Regressando ao Trabalho.

Esforça-te e tem bom ânimo (...) porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares. - Josué 1:9

Setembro é, geralmente, o mês de regresso ao trabalho para a maioria das pessoas. Mas nem todos regressam ao trabalho cheios de euforia e entusiasmo, mesmo após um período de descanso e de fruição de férias. Espanta-me, confesso, essa atitude de algumas pessoas.

As palavras de hoje, foram dirigidas por Deus a Josué em vésperas deste assumir um trabalho de liderança.
Há três factores de estímulo que Deus apresentou a Josué:

1. Esforço. Nada de satisfatório se consegue na vida sem esforço. Esforço é um exercício de vida, um atestado de existência, uma atitude inerente à condição humana. Quem quer alguma coisa sem esforço, não é digno de coisa alguma.
Josué precisava de entender que apesar de ser uma pessoa abençoada, precisava de explorar as suas capacidades físicas, intelectuais e emocionais para ter sucesso no seu trabalho.

2. Bom Ânimo. Este segundo facto de motivação, é resultado do anterior. O bom ânimo, não acontece naturalmente na vida de ninguém. É uma predisposição interior que tem de ser trabalhada, estimulada, desejada com esforço e busca permanente. O bom ânimo, é como o vapôr: desaparece se não fôr devidamente conservado. Deus sabia que Josué precisaria de ter bom ânimo no seu trabalho. Mas precisava de compreender que era um investimento pessoal e permanente. O bom ânimo não cairia do céu, nem lhe seria concedido milagrosamente.

3. Ter Deus. Deus fez questão de dizer a Josué que "o Senhor teu Deus é contigo". Notem, que o terceiro estímulo é também uma escolha pessoal de Josué. Deus é sempre Deus. Mas só será nosso Deus se o desejarmos. Josué precisaria de buscar e depender de Deus no seu trabalho. Deus estava ali disponível para o ajudar.

Estes três estímulos são fundamentais para a motivação pessoal. Dir-me-ão que há pessoas que não conhecem Deus e têm motivação e sucesso. Claro que existem. Como existem pessoas que fumam e vivem vidas mais longas e, às vezes, cheias de saúde em relação aos que não fumam. Mas cada um faz as suas escolhas, toma as suas decisões e assume as suas consequências.

Desejo a todos um bom regresso ao trabalho!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

SABER VIVER - A Verdadeira Grandeza do Ser Humano.

O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe fôr dada do céu. - Evangelho de João 3:27

João Baptista, era um homem fascinante. Para além de ser um homem do deserto que, curiosamente, pregava no deserto da Judéia, vestia-se de pêlos de camelo, e um cinto de couro à volta dos seus lombos. Comia gafanhotos e, guloso como parece que era, adorava mel silvestre.

Mas este homem de perfil alternativo como de facto era João Baptista, um homem livre e independente, frontal e radical na sua mensagem; era também uma pessoa profundamente equilibrada e consciente das suas dimensões e propósitos.

A frase de hoje surge na sequência de uma "provocação" movida por um grupo de judeus, pelo facto de Jesus estar também a baptizar e muitas pessoas estarem a seguir-lhe os passos. João, não se preocupou e muito menos questiou alguma coisa a respeito de Jesus. Ele sabia quem Jesus era, e sabia também quem ele era.

Além disso, João Baptista tinha consciência de que nada do que tinha e fazia dependiam de si. Tinha a consciência da sua dimensão e do seu propósito. Sabia que Jesus era o protagonista principal. Ele tinha vindo preparar o caminho para Jesus realizar o seu ministério. Sabia que tudo o que tinha e recebera era dom de Deus, e ele só podia ser grato por ser um colaborador e cooperador no ministério de Jesus.

Da mesma forma, todos devíamos ter a consciência de João. Afinal, somos também filhos e criaturas de Deus com dimensão e propósitos. Ter consciência disso, induzir-nos-á a reconhecer - como João Baptista - que "o homem não pode receber coisa alguma, se não lhe fôr dada do céu!". Que homem! Que grandeza!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

SABER VIVER - A Verdadeira Gratidão.

Não foram dez os limpos? E onde foram os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? - Evangelho de Lucas 17:17,18

A ingratidão é algo profundamente incompreensível e doloroso. Mas, infelizmente, acontece com demasiada frequência e às vezes, em pessoas das quais menos esperamos.

Neste texto, Jesus questiona ao samaritano (estrangeiro) que fora curado da lepra, que viera ter com Ele para agradecer-lhe. Foi de facto uma tremenda surpresa que dos dez curados, só um viera agradecer. Ainda por cima, estrangeiro. O que pressupõe que os nove judeus, esqueceram-se do feito que Jesus havia feito na sua saúde.

Este caso deve fazer-nos pensar nas pequenas e grandes coisas que recebemos na vida. Umas, vindas de Deus. Outras, de pessoas, sejam elas familiares, amigos, desconhecidos, do estado ou da própria natureza. Por vezes, somos tão cruéis, que não sabemos agradecer as coisas que recebemos muitas vezes sem pedirmos e sem merecermos. A vida, a saúde, o país onde temos liberdade e sossego, os amigos, a família, o clima, o alimento, a casa, os pequenos luxos, etc.

Já imaginaram quantas pessoas vivem no mundo sem quase nada daquilo que nós recebemos e nem sequer percebemos que somos uns privilegiados?

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

SABER VIVER - A Verdadeira Batalha.

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. - Epístola de paulo as Efésios 6:12

Esta referência do apóstolo Paulo, enquadra-se na sua exortação acerca da necessidade de envergarmos a Armadura de Deus. A Armadura de Deus, é um conjunto de apetrechos de guerra que nos devem acompanhar em permanência a fim de nos salvaguardarem das astutas ciladas de Satanás.

Mas a minha grande questão é a seguinte: Se a nossa luta, batalha ou conflito deve ser contra os seres espirituais do maligno, por que guerreamos uns contra os outros? Porque gastamos energias, tempo, paciência...enfim, a nossa preciosa e curta vida em quezílias e disputas por vezes insensatas?

Não seria vantajoso para todos nós, seres humanos, "arregaçarmos a mangas", unidos em amor e num espírito de solidariedade e amizade, vivermos para o bem comum? Não seria melhor o nosso mundo, se eliminássemos as barreiras fúteis e as coisas inúteis que geram ódios, invejas, dissensões e infelicidade?

Pensem nisto e tenham um agradável fim de semana!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

SABER VIVER - O Verdadeiro Deus.

Porquanto não outro Deus que possa livrar como este. - Daniel 3:29

Estas palavras, tiradas do livro de Daniel, podem parecer óbvias. Mas o seu contexto é deveras interessante, porque revelam a grandeza e a soberania de Deus.

Nabucodonosor, é quem as pronunciou. Convém lembrar, que Nabucodonosor era rei da Babilónia, nação poderosíssima, politica e militarmente. Este rei, havia emitido um decreto no qual obrigava a todo o povo a adorar a estátua que mandara erguer na província de Babilónia.
Sadraque, Mesaque e Abed-nego, afrontaram o rei, recusando-se adorar a estátua em nome da sua fé em Deus.

O rei não se podia deixar afrontar daquela maneira por três estrangeiros rebeldes. Mandou-os para a cova dos leões, onde seria despedaçados em pouco tempo. Mas Deus é poderoso e guarda aqueles que nele confiam. Por isso, nada lhes aconteceu.

Tendo visto aquele milagre, o rei pronunciou as palavras que lemos acima. Nenhum outro Deus pôde operar tal milagre. Este facto, foi a revelação da grandeza de Deus e do poder sobre toda a sua criação.

Que cada um de nós possa fortalecer a sua fé neste Deus verdadeiro, que opera e protege aqueles que nEle confiam.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

SABER VIVER - A Verdadeira Adoração

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. Evangelho Segundo S. João 4:24

Neste interessante diálogo com a mulher de Samaria, Jesus fala - de entre outros assuntos - acerca da adoração.
Para os samaritanos, Gerizim era o monte da verdadeira adoração. Para os judeus, Jerusalém era o local sagrado para a adoração. Porém, Jesus, sendo judeu, não se envolveu nessa disputa acerca do verdadeiro lugar de adoração. A adoração, para Jesus, era muito mais do que espaço físico e geográfico.

É bom lembrarmo-nos, que Jesus veio inaugurar um novo paradigma de adoração e de missão. Jerusalém, foi desde sempre o lugar de aglomeração de todas as nações e povos da terra. Todos vinham a Jerusalém ouvir a palavra de Deus, celebrar a Páscoa, Adorar ao Senhor. Quando Jesus proferiu a chamada Grande Comissão (Mateus 28:19,20), ele instituiu um novo paradigma. Jerusalém, seria o ponto de partida para Judeia, Samaria e Confins da Terra.

Portanto, tanto a missão, como a adoração não se fixariam mais em Jerusalém ou num espaço geográfico/físico definido. A adoração e a missão centrar-se-iam agora no discípulo, aonde quer que estivesse. Foi por isso que Jesus disse à mulher, que a verdadeira adoração não era nem em Gerizim, nem em Jerusalém. Mas em espírito, porque Deus é Espírito, e o espírito habita no homem e naquele que é seu discípulo. A adoração é, portanto, espiritual porque se relaciona com Deus. E Deus não habita em tendas nem em templos. Deus está em todo o lugar.

Tenhamos pois cuidado com os paradigmas de adoração que instituimos e que acreditamos. Ir a "igreja", fazer sacrifícios no templo, não é adoração. Deus quer atitude. Deus quer vida espiritual. Deus quer sinceridade permanente na vida dos seus adoradores. E esta sinceridade de adoração não se confina a um lugar físico. Mas no coração, e em todo o lugar e momento da nossa existência.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

SABER VIVER - O Amor Perfeito.

Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna. - Evangelho Segundo João 3:16

Não podia falar-vos de liberdade e libertação sem abordar o amor de Deus. O amor é perfeito, porque Deus é amor. Mas, afinal, o que é amor?

Sempre que se fala de amor, a ideia que parece é que amor é apenas sentimento, afecto ou carinho. Mas o amor bíblico, o amor de Deus é muito mais do que sentimento. O amor de Deus é essencialmente duas coisas:

1. Doacção - Deus amou, ou provou o seu amor pelos homens, doando-se à humanidade por intermédio de Cristo. Amor que não de doa ao outro, não é amor. Esta é a razão porque os casamentos modernos fracassam. A crise não está na instituição "casamento", porque Deus a criou perfeita. A crise está na compreensão de que o casamento é uma instituição criada para o amor. Ou seja, o casamento só resulta em felicidade se ambos negarem-se a si mesmo, desprendendo-se do seu egocentrismo e realização pessoal/individual, a fim de procurarem o bem do outro ou o bem comum. Infelizmente, não é isso que sucede hoje em dia.
Portanto, o amor é doacção. O amor é atitude. O amor é entrega total ao outro, para o bem comum.

2. Perdão - Deus amou o mundo, dando o seu Filho para que os que crêem nEle não pereçam. Aqui está o perdão de Deus, através do sacrifício de Cristo. O amor dá e perdoa. Sem perdão, não há amor. Amor sem perdão, não é amor. Por isso, Jesus mando-nos perdoar os nossos inimigos, porque o amor ao próximo implica necessáriamente também o perdão. Muitas vezes, pecamos pela relativização sentimental do amor. Mas o amor perfeito, ou seja, o amor verdadeiro dá e perdoa.

Aprendamos a amar verdadeiramente, dando o que somos ao outro e perdoando-o como Deus fez por nós. Só assim seremos verdadeiramente felizes e realizados no amor.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

SABER VIVER - A Verdadeira Libertação

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei". Evangelho Segundo Mateus 11:28

Um convite assim, até parece irrecusável. Mas, infelizmente, muitos continuam a recusá-lo.
Jesus faz este convite, porque logo no início do seu ministério afirmou que viera "Apregoar liberdade aos cativos (...) e pôr em liberdade os oprimidos!" (Evangelho Segundo Lucas 4:18).
Vimos no blog anterior que os cativos e oprimidos, eram os socialmente e culturalmente (mulheres, deficientes, gentios, toxicodependentes, etc); religiosos e politicamente presos ou condicionados.

No texto bíblico de hoje, Jesus convida a todos os cansados e oprimidos a vierem a Ele não apenas para o conhecerem, mas para receberem alívio.

Vivemos numa sociedade carente de efectos, amor, atenção, respeito, compromisso, fidelidade, honestidade, confiança, segurança, etc. A lista é interminável. Diante de tanto cansaço, frustração, desalento e opressão pelos diatames culturais, profissionais, sociais, religiosos...é espantoso que as pessoas continuem a recusar o convite de Jesus.

Mas Jesus não desiste. Ele ama as suas criaturas. Ele deseja o melhor para o ser humano. Aqui fica o convite de Jesus para si. Quer aceitar?

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

SABER VIVER - A Verdadeira Liberdade

Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças (...) Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes." - Evangelho Segundo Marcos 12:30,31

Jesus, quando iniciou a sua missão neste mundo pronunciou o seu grande objectivo: proclamar e operar libertação aos oprimidos e cativos. Essa libertação era total. Libertação social, daqueles que eram socialmente excluídos do evangelho (prostitutas, deficientes, leprosos, etc); libertação religiosa, daqueles que viviam amarrados às religiões opressoras e desumanas; libertação cultural, entrando em Samaria e falando com mulheres e gentios; libertação espiritual, expulsando demónios e pregando o evangelho da salvação.

Mas ao trazer libertação dessas amarras sociais, religiosas, culturais e espirituais, Jesus quis que o ser humano se tornasse livre para ser aquilo que Deus planeara desde o princípio para que o homem fosse: Que o ser humano se realizasse plenamente.

Portanto, a realização do ser humano passa antes pela libertação das amarras já enunciadas, mas também pela sua realização enquanto homem criado à imagem e semelhança a Deus.
Mas, então, como se realiza o ser humano?

Deus é amor, e criou o homem à sua imagem e semelhança. O ser humano, realiza-se no amor. É no amor que há liberdade que nos realiza enquanto humanos.

No texto bíblico de hoje, Jesus ensinou que a libertação do homem está nesses dois maiores mandamentos: amar a Deus e amar o próximo. O ser humano não pode ser livre, se não amar a Deus e ao outro. Porque a liberdade, ao contrário do que a sociedade pensa, está na não-centralidade em nós próprios (no ego ou egocentrismo), mas na centralidade do nosso amor a Deus e ao outro.

Dizer-se que se é livre sem compromissos, proclamando-se liberdade quando se termina o casamento, os amores, os relacionamentos, é confundir liberdade com a escravidão do egocentrismo. O amor liberta do homem, porque Deus criou-nos para o amor e para nele nos realizarmos plenamente.

"Amarás ao Senhor teu Deus (...) e ao teu próximo como a ti mesmo". Só assim, seremos livres! Só assim, nos realizamos! Só assim, seremos verdadeiramente humanos!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

SABER VIVER - A lição da Aranha.

A aranha pendura-se com as mãos, e está no palácio dos reis. - Provérbios de Salomão 30:28

A aranha, é a última das "quatro mais pequenas da terra, porém sábias, bem providas de sabedoria" (v.24).

De facto, temos andado a tirar lições importantes destes pequenotes seres viventes que todos os dias vemos, mas nem sempre prestamos-lhes a devida atenção e, muito menos, aprendemos com eles.

A aranha é um bicho para alguns assustador, nojento, perigoso. Mas foi criado por Deus. E mais: entra nos palácios dos reis, onde muitos não têm acesso.

Esta lição da aranha é deveras interessante. Mostra-nos que a pequenez não é, por si só, um problema.
Quantas vezes o tamanho, a altura ou a pequenez influe conotações e expectativas baixas. Como se diz, os "homens não se medem aos palmos", mas por vezes, pensa-se deles aos "palmos".

Mas aranha é pequena e atrevida. Penetrar nos palácios dos reis, não é propriamente uma tarefa sem riscos. No entanto, o que sabemos, é que ela entra e constroe o seu habitat.

Aprendamos, pois, com estas pequenas criaturas e valorizemos o seu trabalho e a sua "sabedoria". Afinal, somos todos criaturas de Deus.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

SABER VIVER - A Lição dos Gafanhotos.

Os gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, e em bandos se repartem. - Provérbios de Salomão 30:27

Nesta série de lições de vida que nos são dados pelas formigas, gerbos e hoje pelos gafanhotos, há um ponto em comum: são um povo. Este aspecto da unidade e identidade, é fundamental para o sucesso quando se trabalha em grupo.

Ora bem, a lição de hoje é-nos fornecida pelos gafanhotos. As formigas, ensinaram-nos a prudência. Os gerbos, a sabedoria.

Os gafanhotos, ensinam-nos sobre o sucesso através da organização. Notem que eles não têm rei, ou seja, não têm comandando ou alguém hierarquicamente superior que lhes dirige. Contudo, se dividem em bandos e se repartem.

Esta lição é de extraordinária beleza. Os humanos, muitas vezes, só conseguem organizar-se e funcionar com liderança e com comando. Não é por si só um problema. Todavia, é possível, tal como acontece com os gafanhotos, funcionar com eficácia e eficiência mesmo sem dependermos de uma liderança única. Isto revela que podemos organizar-nos, dependendo e confiando uns nos outros. Que grande lição!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

SABER VIVER - A Lição dos Gerbos.

Os gerbos são um povo débil; e contudo, põem a casa na rocha. - Provérbios de Salomão 30:26

Na reflexão anterior, falamos acerca do exemplo das formigas. Vimos que elas ensinam-nos a ser prudentes, trabalhando no verão para que haja mantimento durante o resto do ano.

Hoje, vamos aprender com os gerbos (coelhos). Tal como as formigas, os coelhos são também um povo fráco e débil. Mas na sua fraqueza, encontram a força capaz de construir o seu habitat na rocha, no lugar mais seguro para viverem.

A lição de vida dos coelhos, é de que a sabedoria e a inteligência superam a força e a fragilidade física. Quantas vezes, diante das nossas fragilidades físicas ou outras, nos deixamos abater e vencer quando possuímos um "arsenal" poderoso para vencer que é a sabedoria e a inteligência?

Os gerbos são um povo débil, mas apesar disso são capazes de construir na rocha a sua habitação.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

SABER VIVER - A Lição das Formigas.

As formigas não são um povo forte; todavia no verão preparam a sua comida. - Provérbios de Salomão 30:25

É curioso que neste provérbio as formigas são-nos apresentadas como um povo. De facto, a primeira grande virtude do sistema orgânico das formigas, é saberem viver como um povo. Isto significa que elas se conhecem, se organizam, preservam e vivem de acordo com os seus "valores".

Mas como sabemos, as formigas são, no entanto, apesar desta organização, uma comunidade fraca (vulneráveis pelo tamanho e pelos lugares por onde circulam). Além disso, são seres indesejáveis pelo homem. Ninguém gosta de ter formigas em casa.

Mas a lição que nos é fornecida neste provérbio, é de que elas são prudente.

1. Prudentes, porque sabem antecipar os problemas. Sabem que a comida não está disponível o tempo todo durante o ano. Por isso, ajuntam no verão.

2. São prudentes, porque trabalham quando a maioria folga. No verão, devido ao imenso calor e à propensão para o ócio de grande parte dos animais, mas também devido às vantagens climatéricas; as formigas aproveitam este período para se abastecerem e fazer as suas reservas.

3. São prudentes, porque esta época oferece provavelmente mais alimentos.

Assim, temos nas formigas um grande exemplo de trabalho, organização e prudência. Saibamos, pois, olhar para os bons exemplos e aprender.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

SABER VIVER - Viver Agora ou Para Sempre?

Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. - 1 Corintios 15:19

Hoje, os telejornais abriram as notícios com o fatídico vôo para São Paulo (Brasil). Morreram os 180 passageiros que iam a bordo, alguns transeuntes que iam na rua e outros trabalhadores da gare do aeroporto de S. Paulo. Nem os que iam no avião, nem os que andavam na rua, ou mesmo os que trabalhavam na gare haviam imaginado que este seria o seu último dia de vida. Mas, de facto, foi!

Neste curto versículo, tanto quanto por vezes é curta a vida e o momento em que ela termina, o apóstolo Paulo adverte-nos contra o perigo de uma fé centrada apenas na vida e não também na morte. Ele lembra-nos que a vida passa, e muitas vezes passa sem avisar. Por isso, há que tomar providencias:

1. Esperar em Cristo. A fé em Deus e na salvação oferecida por Cristo na cruz, é a maior garantia de uma vida segura e espiritualmente realizada. Nenhuma outra fé, crença ou religião - por mais semelhanças que tenha nos seus ideais ou doutrina com o Cristianismo - é válida para nossa plena realização espiritual.

2. Esperar em Cristo para além desta vida. Esta vida passa, mais cedo ou mais tarde, e com ela todas as ilusões e sonhos. Centrar e concentrar as nossas energias e fé nesta vida passageira, é a pior das misérias humanas que alguém pode experimentar. Porque é o mesmo que depositar os nossos ganhos financeiros num Banco previamente falido, a espera apenas de data para fechar. Perde-se então os ganhos de uma vida, perde-se a esperança de uma vida melhor.

Esperar em Cristo agora e na eternidade, é viver a vida com Deus numa relação de confiança e fidelidade, até ao fim da nossa vida.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

SABER VIVER - Aquele Que Fez As 7 Maravilhas

Louvai (...) àquele que só faz maravilhas. - Salmo 136:4

Elegeu-se recentemente as novas sete maravilhas, com pompa e circunstância. Devo dizer que são, de facto, sete magníficas obras de arte e engenho humano. Felizmente, não são as únicas!

O ser humano é de uma criatividade extraordinária e, ao longo dos tempos, tem feito coisas incrivelmente belas. Tem feito, e continua a fazer. Continua e fazer e continuará a fazer enquanto existir. As suas capacidades são inesgotáveis e incalculáveis. Não podia ser de outra forma. Afinal, foi Deus quem disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança" (génesis 1:26).

Mas o Salmo de hoje, fala-nos de alguém infinitamente superior ao homem. Aliás, incomparávelmente superior. Deus fez! Deus faz! Deus fará!
Mas enquanto o homem faz maravilhas e produz obras de grande beleza e engenho, o mesmo ser humano faz e produz destruição e decadência.
Deus, porém, só faz maravilhas!

Retenhamos esta verdade extraordinária e saibamos apreciar a beleza da criação divina. Mas, acima de tudo, aprendamos a reverenciar e a louvar Àquele que sem comparação possível, só faz maravilhas!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Saber Viver: O Lugar dos Cansados

Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. - Evangelho Segundo Mateus 11:28

Existem pessoas que associam a necessidade do evangelho ou da fé em Deus às pessoas pobres e oprimidas. Mas é importante perceber que Jesus falou do seu evangelho a pobres e ricos, a pessoas simples e instruídas, a gente de todas as classes sociais.

A certa altura, devido a dureza dos corações e à jactância de algumas pessoas instruídas, como por exemplo os fariseus, Jesus começou a falar por parábolas a fim de que apenas os interessados, os que "têm ouvidos para ouvir", pudessem entender o Seu evangelho.

Portanto, os cansados e oprimidos, são todos os que estão cansados de uma vida sem sentido, sem rumo, sem direcção. São os que estão cansados de uma vida sem expectativas de eternidade. Os oprimidos são, por sua vez, os que se sentem prisioneiros do pecado. São as pessoas que vivem vidas dominadas pelo mal, pela rejeição e desobediência a Deus. São todos os que vivem para satisfazer a vontade da carne ou todo o género de vícios.

Deus deseja dar-lhe o alívio e a satisfação espiritual, a fim de a sua vida seja uma vida cheia de sentido.

domingo, 8 de julho de 2007

SABER VIVER - Escarnecendo Mesmo na Morte.

No Evangelho de Lucas 23:39-43, temos um relato de duas grandes decisões ocorridas na cruz. Dois criminosos - um em cada lado de Jesus - haviam sido crucificados na cruz. Um deles, começou a escarnecer e a blasfemar de Jesus dizendo: "Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também".
O outro repreendeu-lhe dizendo: "Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos actos merecem; mas este nenhum mal fez".

Este último, com as últimas forças que lhe restavam, virou-se para Jesus e acrescentou: "Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino."
E a resposta de Jesus não tardou. Olhou para ele com compaixão e amor, e sentenciou: "Hoje mesmo estarás comigo no paraíso".

Hoje, ainda encontramos muitas pessoas que vivem e morrem escarnecendo de Jesus. Gente incapaz de sentir a miséria do seu pecado e a necessidade de Deus. Não estão interessados em ouvir o evangelho de Cristo e, muito menos, em reconhecer que são pecadores e precisam da graça e do perdão de Deus.
Mas este episódio da cruz, revela-nos a dimensão do amor de Deus. Jesus ofereceu àquele criminoso arrependido o privilégio de desfrutar a eternidade no paraíso, no último instante da sua vida.

Ao ler este acontecimento bíblico, pense na sua vida e no seu destino. Não seja como aquele criminoso, que rejeitou a última oportunidade da sua vida para estar com Jesus na eternidade. Reconheça que é pecador e que está condenado a morte. Mas lembre-se que Deus o ama, e deseja oferecer-lhe perdão e vida eterna. "Hoje mesmo estarás comigo no paraíso!".

sexta-feira, 6 de julho de 2007

SABER VIVER - A Geração Que Quer Sinais.

E, saindo os fariseus, puseram-se a discutir com ele; e, tentando-o, pediram-lhe um sinal do céu.
Jesus, porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido, e disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se lhe dará sinal algum. - Evangelho Segundo Marcos 8:11,12

Uma das grandes virtudes que Jesus teve, enquanto homem, era ser paciente. Como alguém dizia, os fariseus eram os que "farejavam" a Jesus. De facto, essa elite de líderes religiosos estava constantemente ao encalço de Jesus, procurando desacreditar o seu ministério e a sua divindade. Mas, com sabedoria e paciência, Jesus conseguia sempre dar-lhe uma resposta adequada.

No texto bíblico de hoje, eles interpelaram a Jesus pedindo um sinal do céu. Não sei se a intensão deles era testar o poder de Jesus, comparando-o com o profeta Elias pedira um sinal do céu a fim de mostrar ao povo de Israel que Baal era um deus falso e que o seu Deus, era o Deus verdadeiro. Assim, os seguidores do deus Baal também rogaram ao seu deus que fizesse um sinal e consumisse com fogo o sacrifío que lhe haviam oferecido. Mas foi em vão. Todavia, o Deus de Elias e de Israel respondeu ao seu pedido, e fogo do céu consumiu o sacrifício feito por Elias (1 Reis 18:20-40).

A resposta de Jesus aos fariseus, mostra-nos que Ele estava profundamente entristecido. Aqueles homens haviam visto imensos milagres e maravilhas feitas por Jesus. Tinham visto os cegos, recuperarem a visão. Os coxos, a voltar a andar. Os endemoninhados, a libertarem-se dos demónios e de espíritos malignos. Os ateus, a converterem-se ao evangelho de Cristo. E pouco antes desse pedido do sinal, tinham presenciado Jesus a multiplicar sete pães e alguns peixinhos para mais de mil homens (sem contar com as crianças e mulheres). Todos comeram, e ainda houve sobras. Apesar de tudo isso, esses fariseus permaneceram incrédulos e hostis ao evangelho pregado por Cristo. Como queriam eles que Jesus lhes desse mais algum sinal do céu?

Se ainda hoje alguém continua a espera de outro sinal do céu, a resposta já está dada. Tudo o que Jesus fez, e toda a revelação do poder e do amor de Deus pelos homens está registada na Bíblia. Quem não crer na Sua Palavra escrita, não crerá nEle ainda que os mortos ressuscitem!

terça-feira, 3 de julho de 2007

SABER VIVER - O Valor do seu Potencial

Jesus usou várias formas para ilustrar as verdades do Reino de Deus, ou seja, do domínio de Deus na terra. Uma das formas preferidas, eram as parábolas.
Hoje, veremos o significado da chamada Parábola dos Talentos (Evangelho Segundo Mateus 25:14-30). Esta parábola fala-nos de um homem que, ausentando-se, confiou uma série de talentos aos seus empregados para que estes os usassem de acordo com as suas capacidades. Devo dizer que essa parábola tem, de facto, um significado espiritual.

Mas é importante também perceber, que o que é espiritual é também humano visto que o ser humano é também espiritual.
O desfecho dessa parábola diz-nos que o homem, entretanto, regressou e pediu contas aos seus empregados. O que recebeu 5, decidiu negociar e devolveu 10 talentos. O que recebeu 2, devolveu 4. Mas o que recebeu 1, guardou-o e devolveu o tal que havia recebido. O veredicto do homem foi implacável em relação ao último empregado. Para o seu patrão, teria sido preferível que o empregado tivesse entregue o talento aos banqueiros para render juros.

Quando penso nessa parábola, surgem-me sempre várias questões: Por que julgar um homem que devolveu o que recebeu, se não lhe foi exigido nenhuma meta? Quais as lições desta ilustração?
A chave da parábola, parece-me que é a palavra capacidade ou potencial. A distribuição dos talentos não foi aleatória, mas foi de acordo com o potencial de cada um. Infelizmente, o último empregado, podendo fazer mais porque tinha potencial para isso, decidiu fazer o necessário.

Há tanta gente como esse empregado. Pessoas com imenso potencial intelectual, físico, criativo, etc., mas que se resignam a fazer o necessário. E da mesma maneira que alguns são penalizados profissionalmente ou então pela própria vida por esse desempenho, Deus igualmente nos pedirá contas pela forma como usamos o potencial que nos cedeu, enquanto existimos neste mundo.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

SABER VIVER - Dai a César o que é de César...

Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não?
Então lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. - Evangelho Segundo Mateus 22:17,21

Jesus foi e continuará a ser uma pessoa surpreendente em tudo o que disse. Quanto melhor se conhece, e melhor se entende as suas palavras e ensino, melhor se percebe a sua inteligência e sabedoria incomparáveis.

A pergunta de hoje, não foi uma pergunta simples e, muito menos, bem intencionada. Os fariseus entenderam-se com os herodianos, com o objectivo de encontrar algo que fosse motivo de acusação contra Jesus perante as autoridades romanas. Desse entendimento, surgiu a idéia dessa ardilosa pergunta acerca do tributo. Mas notem: os fariseus e herodianos eram de pólos diferentes e opostos. Os fariseus, eram uma elite religiosa e legalista. Os herodianos, eram partidários de Herodes e ignoravam a Lei mosaica. Mas este plano maquiavélico, uni-os.

Jesus, porém, conhecendo as suas intensões e motivações, respondeu-lhes separando as àguas: "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". Esta resposta, revela grande sabedoria e, ao mesmo tempo, o enorme sentido de cidadania de Jesus. "Dar a César o que é de César", é o mesmo que dizer que é dever de todo o cidadão cumprir os seus deveres de cidadania. Pagar tributo ou imposto, é um dever cívico. E Jesus revela-nos também o seu sentido de dever e de responsabilidade perante a lei e o Estado.

"Dai a César o que é de César, e a Deus o que é Deus"!

domingo, 1 de julho de 2007

SABER VIVER - Uma Pergunta Séria...

Quem diz o povo ser o Filho do Homem?
Mas vós, quem dizeis que Eu sou? - Evangelho Segundo Mateus 16:13,15

Estas foram, talvez, algumas das perguntas mais inquietantes que Jesus fez ao longo da sua vida. Neste capítulo, vemos que Jesus sabia a opinião que os fariseus e saduceus tinham a seu respeito. Rejeitavam-no, e procuravam permanentemente pôr em causa o seu ministério e a sua divindade.

Mas este era o momento crucial da vida de Cristo. Aproximava-se a sua morte. E era chegado o momento de saber que herança havia Ele deixado para povo e para os seus discípulos, com a sua vida e com a sua mensagem.

À primeira pergunta, os seus discípulos responderam afirmando que o povo via-O como sendo o João Baptista, outros como sendo Elias, e havia ainda alguns que O viam como sendo Jeremias ou algum dos profetas.
Não quero imaginar como Jesus se terá sentido. Tinham sido três anos de intenso ministério. Tinha viajado por toda a Palestina, pregando a mensagem do evangelho, fazendo curas e milagres que só Deus podia fazer. Mas havia gente que ainda O desconhecia e confundia-O.

Quanto a segunda questão, esta dirigida aos próprios discípulos, respondeu Pedro de forma satisfatória: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Este foi, de facto, um grande momento. Foi um momento de revelação divina que muito alegrou o coração de Jesus. Pedro tornou-se assim a grande referência da igreja que Cristo viera inaugurar.

Mas actualizando aquela pergunta, qual é hoje a opinião da nossa sociedade acerca de Jesus? O que pensam as pessoas acerca de Jesus?
Infelizmente, existem inúmeras imagens e construções acerca de Cristo. Para uns, foi um mito, ou foi um grande profeta; para outros um homem santo, um homem bom, uma pessoa simples e cheia de boas obras.

Mas a verdade acerca de Jesus é que foi o Cristo, o Filho do Deus vivo. Jesus veio ao mundo com uma mensagem de inclusão, oferecendo o caminho através do qual todos podemos conhecer Deus e receber o seu amor e salvação. Este é o legado de Jesus para humanidade. Ele é o único caminho para chegarmos a Deus.

sábado, 30 de junho de 2007

SABER VIVER - A fé que agrada a Deus

Pela fé Noé, divinamente instruído por Deus acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé. Livro de Hebreus 11:7

Este versículo é do mais esclarecedor que há sobre a concepção bíblica de fé. A fé, seja ela em Deus, seja em relação a acção divina, tem fundamento. A idéia de que a fé é uma convicção do género intuitivo, não se fundamenta na Bíblia.

É claro que a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de factos que se não vêem (v.1). Mas, afinal, o que é que isto quer dizer?

Porque razão cremos em Deus? Ou por que acreditamos que Deus age, mesmo quando não O vemos ou não atestamos de forma material o que Ele faz? Estas são algumas das inquietações ou dúvidas dos ateus em relação a Deus e ao Cristianismo.

Mas a fé que nos é revelada na Bíblia, é fundamentada na razão. Notem no texto acima citado, que a fé de Noé era fundamentada na instrução de Deus. É evidente nesse texto, que Noé não sabia mais nada sobre como haveria de ser o dilúvio. Foi instruído acerca de "acontecimentos que não se viam". Mas o fundamento da fé estava na instrução que havia recebido de Deus. A fé, portanto, não é uma emoção especial, ou um sentimento invulgar. A fé, é fundamentada na razão instruída por Deus.

Essa é, pois, a razão pela qual os ateus não crêm em Deus: falta-lhes a instrução divina que é dada apenas àqueles que a Ele se submetem.
Essa é, também, a razão por que homens cultos e instruídos se converteram a Deus: submeteram-se a Ele e, nessa busca em conhecer Deus, foram instuídos na fé.

Se lhe falta fé, busque a Deus, submeta-se a Ele, abra a sua mente, e Deus o instruirá no caminho do conhecimento da fé. E se o fizer, pode ter a certeza que se tornará uma pessoa feliz.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

SABER VIVER - Lembra-te de quem te criou.

Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer. - Eclesiastes 12:1

Em primeiro lugar, quem é o teu Criador?
Na Bíblia, Deus é o Criador do ser humano e de tudo o que existe no universo.
Portanto, lembrar o Criador, é ter presente que como seres humanos não vimos do nada antes, fomos criados por Deus.
Mas lembrar o Criador, é muito mais do saber quem nos criou. "Lembrar", no texto bíblico de hoje, é "agir" em favor de Deus. O conselho de Salomão, é de que devemos agir, entregando-nos ao serviço de Deus enquanto dispomos do vigor físico e da frescura da idade. Por quê? Porque virão dias em que a idade será o inimigo da nossa vontade.

Mas estará Salomão a dizer que idade ou a velhice rouba-nos o prazer de viver?
Certamente que não!
Na Bíblia, a velhice é-nos apresentada como benção:
Pensem em Abraão, que recebeu a sua maior benção com o nascimento de Isaac, quando tinha 100 anos.
Simeão, que apenas nos finais da sua vida recebeu a benção de ver Jesus, promessa há muito aguardada, mas recebida na sua velhice.
E a profetiza Ana, que só aos 84 também viu o nascimento de Jesus.

Assim, cada idade tem o seu encanto e beleza. Entregue-se a Ele, e desfrute o prazer de viver com Deus.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

SABER VIVER - O Cego de Nascença

A história do Cego de Nascença registada no Evangelho de João capítulo 9, é de uma beleza extraordinária e de um signicado que nos deve comover.
Caminhava Jesus pelas estradas de Jerusalém, quando viu um cego pedindo esmola. Cuspiu no chão, e misturando a sua saliva com a terra fez uma pasta que aplicou nos olhos do cego e este passou a ver.
Mas esta história tem lições absolutamente cativantes. E permitam-me destacar três:

1) A cura deste homem é um exemplo de persistência. Ele sempre acreditou que podia voltar a ver, mesmo sabendo da envolvência cultural e religiosa que o considerava vítima do pecado dos seus pais. Mas o que vemos, é um homem persistente na busca do seu objectivo. Um homem que não se deixou aprisionar pelas tradições religiosas e culturais; nem por esse fatalismo dominante na sua cultura, que considerava que os males dos filhos eram resultado dos pecados dos pais (v.2).

2) A cura deste cego, é também um exemplo de confiança. Vejam que se deixou untar nos olhos com a pasta preparada por Jesus. Essa sua atitude só se justifica pelo facto de que ele já tinha ouvido falar em Jesus como Filho de Deus, e acreditava no seu poder. Foi essa fé em Jesus, que lhe proporcionou a cura (v.11). Notem, que ele sabia quem Jesus era e por isso confiou na sua palavra, foi lavar-se no local que Ele lhe recomendara e voltou a ver. Duvido que se fosse outra pessoa que não Jesus, ele tivesse seguido as suas recomendações (v.31).

3) A cura deste homem, deveu-se também ao facto de seguir todas as recomendações prescritas por Jesus. Notem como ele seguiu meticulosamente o que lhe foi dito: deixou-se untar, foi imediatamente àquele lugar indicado e lavou-se com aquela àgua. É obvio que não foi a àgua que o curou (porque se fosse, outros que lá fossem lavar-se, também se curavam). O que o curou, foi a fé em Jesus.

Esta história, é um testemunho admirável de fé em Deus. Depois da ocorrência do milagre, vemos este homem afirmando publicamente que Jesus é profeta, arriscando a sua vida pelas suas convicções e fé.

sábado, 23 de junho de 2007

SABER VIVER - O Peso da Palavra

Jesus contou a história de um homem que tinha dois filhos. A ambos perguntou se desejavam ir trabalhar para a sua vinha. O primeiro, respondeu afirmativamente que sim, mas depois não foi.
Quanto ao segundo, respondeu que não queria ir trabalhar. No entanto, arrependeu-se e foi.

A questão que Jesus colocou aos que o ouviam no templo de Jerusalém, foi: qual dos dois fez a vontade do pai? (Evangelho Segundo Mateus 21:28-32)

Esta questão que Jesus colocou é deveras interessante, pela razão que mais adiante Cristo explica: Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditaste nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto não vos arrependeste, afinal, para acreditardes nele.

Há dois aspectos a sublinhar:
1. A razão apresentada por Jesus era dirigida aos fariseus, homens cultos, que se orgulhavam do seu estatuto religioso e social. Todavia, quando ouviaram a mensagem de Deus através de João Baptista, não aceitaram e nem sequer o consideravam profeta de Deus.

2. Para além disso, tendo esses fariseus visto o poder da mensagem de João Baptista mudar a vida de publicamos (cobradores de impostos mal-amados pelo povo, por haver quem cobrasse mais do que a lei exigia) e de prostitutas, não se arrependeram.

Por estas razões, eles foram comparados ao primeiro filho. Tiveram acesso a mensagem de Deus, mas não ouviram. Tiveram um profeta que pregava a Palavra Divina, mas rejeitaram-no.
Seu orgulho e indiferença foram tais que, mesmo vendo publicanos e prostitutas mudarem de vida em virtude da Palavra de Deus, não se arrependeram.

Assim são também os fariseus dos nossos dias: têm acesso à Palavra de Deus registada na Bíblia, têm oportunidades de a ouvir a ser pregada por pregadores em igrejas, rádios, tv ou internet. Mesmo assim, persistem em rejeitar o evangelho e os seus valores.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

SABER VIVER - O Valor das Coisas

Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma poderemos levar dele. - 2 Timóteo 6:7

O autor dessa frase, pronunciou-a no contexto de um conjunto de ensinamentos acerca dos deveres que devem dominar os relacionamentos humanos.
O princípio-chave presente nessa frase é ignorância.
Paulo, exorta a Timóteo, a quem trata por filho, a não ser e a ensinar os outros a não serem ignorantes.

Para Paulo, os ignorantes os orgulhosos, os vaidadosos, os que amam o dinheiro e tudo o que é excessivo se tornarão inevitavelmente vítimas das suas próprias escolhas.
Neste sentido, ele lembra-nos que não devemos ser ignorantes acerca daquilo que trazemos quando nascemos, e do que havemos de levar quando morrermos.

É que, infelizmente, Paulo encontrava no seu tempo muitas pessoas ignorantes acerca disso. Gente que vivia para acumular bens materias e dinheiro. Pessoas completamente envolvidas com as coisas materiais, como se o seu futuro e eternidade dependesse disso.

Porque nada trazemos para este mundo, e nada levaremos connosco na morte, precisamos de aprender a viver com os bens materias conscientes de que é algo que é transitório. Ou seja, precisamos de aprender a focalizar a nossa curta existência neste mundo naquilo que é permanente e eterno - Deus.

Ignorar Deus ao longo da nossa existência neste mundo e viver para as coisas que cá encontramos e cá deixaremos, é viver a vida inteira a contruir armadilhas que depois, no fim, servirão para o nosso próprio encalço e destruição.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

SABER VIVER - O Novo Mandamento

Novo Mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. - Evangelho de João13:34

Jesus havia ensinado aos seus discípulos a amar a Deus de todo o coração, e ao próximo "como a ti mesmo".
Amar ao próximo como a nós próprios, é proceder como o bom samaritano quando, ao passar por um homem ferido e caído no chão, prestou-lhe auxílio. Este, é o amor que se revela em relação ao outro, para lhe prestar solidariedade ou caridade. O amor caritativo, é muito comum. Muitas pessoas, ou por verdadeiro amor, ou por aparência, têm manifestações de caridade para com os necessitados.

Mas no texto bíblico de hoje, Jesus revelou aos seus discípulos um novo mandamento. Neste mandamento, amar ao outro (ou ao próximo), é amar como Deus nos amou. Notem, que é amar "assim como Eu vos amei", e não como o outro (o próximo) vos amou. Devemos amar os outros, não como os outros nos amam, ou nos deveriam amar; mas como Deus nos amou.
E como foi que Deus nos amou?
Entregando o seu único filho, Jesus, para morrer pela humanidade.
Mas chamo a vossa atenção, que neste amor sacrificial de Jesus pela humanidade não foram apenas os que foram vítimas dos assaltantes (como na história do bom samaritano), que foram alvos do Seu amor. Foram o homem ferido, o bom samaritano, aqueles que viram o homem ferido no chão e passaram ao lado sem o ajudar. Amar ao outro como Deus nos amou, é amar a todas as pessoas independentemente dos seus méritos ou merecimentos.

Este novo mandamento é, pois, um enorme desafio de amor para todos nós. Só quando formos capazes de compreender esta dimensão do amor e vivenciá-lo na sua plenitude, viveremos melhor uns com os outros, realizando-nos como seres humanos e como filhos de Deus.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

SABER VIVER - A Jerusalém que mata os profetas

No Evangelho de Lucas 13:31-35, temos um relato dramático acerca da chegada de Jesus a Jerusalém.
Primeiro, foi informado por um grupo de fariseu que o rei Herodes pretendia matá-lo. A razão deste plano de Herodes, estaria provavelmente relacionada com o facto de Jesus gozar de uma popularidade invulgar e que não estaria a ser bem aceite pelas autoridades romanas.
Segundo, ao chegar de facto a Jerusalém, Jesus percebeu a triste realidade de uma cidade religiosa mas que rejeitava completamente a mensagem divina. Em jeito de lamentação, disse: Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!
Eis que a vossa casa vos ficará deserta. E em verdade vos digo que não mais me vereis até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor.

Ao lermos este texto, podemos ficar com a ilusão de que Jerusalém era uma cidade pior que a nossa cidade ou a nossa sociedade: Jerusalém matava os profetas de Deus, mas as nossas cidades não matam.

Todavia, vivemos em cidades e sociedades completamente indiferentes, senão mesmo, em cidades e sociedades que também rejeitam completamente a Palavra Divina. As pessoas estão distantes de Deus e rejeitam a sua mensagem. O apelo das cidades é para tudo, menos para as verdades espirituais. O homem urbano tem na sua agenda, a busca de satisfação material e realização pessoal. Deus e a Sua Palavra não são interesses, nem prioridades das cidades e sociedades modernas. Dois mil anos depois, Jesus continua a dizer em jeito de lamentação para as nossas cidades e sociedades o mesmo que disse para Jerusalém: "matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados".

Estejamos, pois, disponiveis para Deus aceitando a Sua mensagem como padrão de vida e de realização espiritual. Não matemos os profetas, nem apedrejamos os que pregam a mensagem cristã, rejeitando toda a forma de espiritualidade e de fé considerando que tudo é igual a pretexto de rejeitarmos a importância da vida religiosa.
Tal como Jesus disse de Jerusalém, Deus deseja aninhar-nos debaixo das suas asas, a fim de nos proteger e proporcionar-nos uma vida e existencia plena e feliz.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

SABER VIVER - O Exemplo da Viúva Pobre

Sentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias.
Vindo, porém, uma viúva pobre depositou duas pequenas moedas (...).
E chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes.
Porque todos ofertaram os que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuia, todo o seu sutento.- Evangelho Segundo Marcos 12:41-44

Esta é uma história sobejamente conhecida. Mas a sua leitura atenta levanta duas questões que gostaria de partilhar connvosco: Jesus parece pretender ensinar uma verdade de forma, e outra de conteúdo.

Forma: Notem que Jesus estava sentado diante do gazofilácio, observando "como o povo lançava ali o dinheiro". O objectivo dEle parece claro: não era saber quanto cada um depositava. Mas como, com que atitude, com que motivação, com que encenação ou exteriorização. Aliás, antes desta história, vemos Jesus repreendendo os fariseus por causa da sua excessiva preocupação em fazer coisas para serem vistos e apreciados pelos outros.

Conteúdo: "Porque todos ofertaram o que lhes sobrava", concluiu Jesus. Aqui, é evidente a preocupação de Cristo com sinceridade da forma, com a intensão e com o valor da atitude dos contribuintes.
Pense por exemplo no tempo que passa com os seus familires, ou na qualidade das suas relações de amizade, ou ainda na sua atitude diante de alguém que precisa de ajuda e de solidariedade.

Por vezes fazemos coisas, porque convém e estimulam o nosso ego. Mas esquecemos, que o valor das nossas acções não depende da sua quantidade, mas sim da sua qualidade. Ofertamos sobras, quando damos o tempo que não nos faz falta, quando ajudamos quando não temos o que fazer, quando estamos com os outros apenas quando precisamos deles. Ofertamos coisas com valor, quando tiramos do tempo que precisamos, quando ajudamos com o pouco que temos, quando estamos com os outros quando eles precisam de nós.

O valor das nossas acções, mede-se, antes de mais, pela sua importância para nós próprios!

terça-feira, 12 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras inoportunas

Ia Jesus a Jerusalém com os seus discípulos. Enquanto caminhavam, Ele partilhava com eles o sofrimento que havia de passar, e como haveria de ser morto na cruz.
No meio desta momento de grande angústia e ansiedade, dois de seus discípulos interromperam-no dizendo:

Mestre, queríamos que nos fizesses o que pedimos.
E Ele lhes disse: Que quereis que vos faça?
E eles disseram: Concede-nos que, na tua glória, nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda. - Evangelho segundo Marcos 10:35-37

No momento tão difícil, Jesus esperava de seus discípulo solidariedade e compreensão. Enfrentar o sofrimento e a morte não era algo Ele assumisse com descontracção.
No entanto, o que vemos é que dois deles (e os restantes 10 nada disseram, mas ficaram entristecidos com a atencipação dos companheiros, visto que no fundo eles também tinham a mesma ambição) estavam mais interessados no futuro, nos ganhos e lugares de destaque que haviam de ocupar na eternidade.

Em resposta, Jesus disse-lhes que a decisão em relação a quem deverá sentar à sua direita ou à sua esquerda não era da sua competência, mas é "para aqueles a quem está destinado" (v.40)

Este acontecimento revela que ninguém está imune à ambição e ao oportunismo. Mas podemos estar prevenidos e atentos. A ambição e o oportunismo são insensíveis àquilo que o outro passa e sente, porque invariavelmente são gerados por pessoas egoístas e preocupadas consigo próprias. Por isso, esteja atento!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

SABER VIVER - O amor do jovem rico

E pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual ajoelhou-se diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? - Evangelho Segundo Marcos 10:17

Sempre que leio esta história bíblica, fico deveras impressionado com a atitude desse jovem. Era novo e rico. Conhecia a Jesus e reconhecia-O como bom e como Mestre. Em resposta, Jesus disse-lhe que ninguém é bom, senão Deus. Mas este jovem, provavelmente, reconhecia a divindade de Jesus, ao ajoelhar-se aos seus pés, em atitude de reverência e adoração.

De facto, Jesus ficou impressionado com a sua postura e diligência. O jovem foi irrepreensível na abordagem a Jesus, como também no cumprimento da Lei de Moisés que obrigava os judeus a seguir rigorosamente os 10 Mandamentos.

Mas toda esta imagem "religiosamente correcta" deste jovem, esvaiu-se quando no derradeiro teste que lhe daria acesso a vida eterna, Jesus disse: "Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro nos céus" (v.21)
Em resposta, o jovem virou as costas a Jesus, retirou-se triste, "porque possuia muitas riquezas" (v.22)

A grande questão que se coloca é esta: Por que Jesus sugeriu ao jovem que se desprendesse dos seus bens materias, legitimamente adquiridos?
Parece claro, lendo as palavras de Jesus ao comentar este episódio com os seus discípulos (v.29,30), que a razão era a confiança. Era um teste de confiança! Jesus queria perceber até que ponto aquele jovem confiava verdadeiramente nEle.

No final, disse Jesus aos seus discípulos: "Ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, neste tempo (...) e no século futuro, a vida eterna".

Tudo o que ele daria ao pobres, receberia de volta a multiplicar por cem. É espantoso o que Deus dá àqueles que depositam a sua confiança nEle.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

SABER VIVER - O Juízo Final

Caros leitores,

No Evangelho de Mateus 25:31-46, temos um relato profético extraordinário acerca daquilo que acontecerá no dia do Juízo Final.
Nesse dia, é-nos dito que uns entrarão na posse do Reino do Céus (lugar ou período de gozo eterno com Deus), mas outros irão para o Fogo Eterno (também designado por Inferno):
Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos"

Mas três questões se levantam acerca deste relato:

1. O Inferno existe?
Não tenhamos dúvidas nenhumas, de que existirá uma realidade intemporal tremendamente dolorosa para aqueles a quem ele se destina.

2. Por que existe o Inferno?
Ao contrário daquilo que se diz, o Inferno será uma realidade ad hoc no plano criativo divino. De facto, o Reino de Deus é uma realidade que foi planeada e executada por Deus deste o início da criação do universo. Mas o Inferno, não foi planeado por Deus e surge "acidentalmente" em virtude da queda de um dos anjos mais belos e cheios de sabedoria, transformado em Diabo.

3. A quem se destina o Inferno?
Foi para o Diabo e para toda a equipa de anjos que com ele cairam, que se destinou o Inferno.

Portanto, fica claro que sendo Deus um Deus de amor, não poderia ter planeado algo tão trágico para os seres humanos por Ele criados à sua imagem e semelhança.
Mas também deve ficar claro, que para o Diabo e para todos os seus cúmplices e seguidores (quer sejam anjos, quer sejam seres humanos), o Inferno será uma realidade incontornável, não porque Deus o queira, mas porque os homens são dotados do conhecimento do bem e do mal e de capacidade de escolha.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

SABER VIVER - A Parábola do cego que guia outro cego

Propôs-lhes Jesus também uma parábola: Pode porventura um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?
Porque vês tu o argueiro no olho do teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. - Evangelho Segundo Lucas 6:39,41,42

De entre várias lições a tirar desta ilustração, quero destacar duas:

Primeira: O cego não pode guiar outro cego.
Hoje em dia não é de todo impossível ver um cego guiando outro cego, porque as varas e outros mecanismos de orientação facilitam, ainda que ténuamente, a vida dos invisuais.
Todavia, os cegos preferem ser guiados por aqueles que têm visão, porque isso lhes garante mais segurança nos seus movimentos.

No entanto, esta parábola ensina-nos que, infelizmente, na vida real há "cegos" que têm a pretensão de guiar outros "cegos". Esses "cegos", são aquelas pessoas que se julgam melhores que os outros. Esses indivíduos julgam, avaliam, criticam, dão orientação aos outros quando eles mesmos não possuem argumentos que lhes permitam ser um exemplo para ninguém.

Segunda: O que tem a trave, não pode ver o argueiro do outro.
Esta segunda lição é extraordináriamente caricata. Representa alguém que não só não vê, como ignora o seu estado de invisual e procura guiar aquele que eventualmente se encontra em melhor estado.
Esta hipocrisia, pode ter consequências piores para o que tem a trave do que para o que possue o argueiro.

terça-feira, 5 de junho de 2007

SABER VIVER - Uma história que fala por si

Caros leitores,

No diário de ontem, falamos sobre o ensino de Jesus acerca do perdão.
Para ilustrar o seu ensino, Jesus contou esta história que vos peço que leiam atentamente e pensem, porque esta bem pode ser uma história da vida real:

Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar as contas com os seus servos.
E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia 10 mil talentos.
Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos, e tudo quanto possuia, e a dívida fosse paga.
Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei.
E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia 100 denários (1 talento valia 6000 denários); e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te pagarei.
Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. - Evangelho Segundo Mateus 18:23-30

Ao saber do que havia acontecido, o senhor mandou chamar o seu servo e recordou-lhe que o havia perdoado por uma dívida bem mais elevada do que aquela que ele exigiu ao seu conservo.
Assim, aquele senhor mandou açoitar o seu servo e prendê-lo na prisão.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras de Jesus

Então Pedro, aproximando-se, perguntou-lhe: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. - Evangelho Segundo Mateus 18:21,22

Esta resposta de Jesus é deveras interessante. Vamos tentar entendê-la melhor:

Pedro, na sequência do ensino de Jesus sobre a forma como se deve tratar alguém que magoa a seu próximo, perguntou - talvez de forma retórica - se devia ser até sete vezes.
O número sete era, simbolicamente, o número perfeito. Perdoar sete vezes, significaria ter cumprido rigorosamente o "perdão perfeito". Mais do que isso não seria, de facto, uma obrigação, nem um dever do ofendido; mas o ónus da prova passaria a recair sobre o ofensor.

Mas Jesus revela-nos na sua resposta ao seu discípulo Pedro, que o código de conduta que deve harmonizar as relações humanas não se deve reger por intensões nem por critérios meramente legalistas, mas sim pelo sentido do amor pelo outro. Perdoar setenta vezes sete, é perdoar sempre. É aprender a perdoar perdoar para além da lei dos limites da nossa vontade individual, por amor ao outro.

Deus nos perdoa, não porque nós merecemos, mas porque ele nos ama profundamente.

domingo, 3 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras de profecia

Ai de ti, corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidom se tivesse operado milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza.
E contudo vos digo: No dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós outros. - Evangelho Segundo Mateus 11:21,22

Estas palavras devem ter sido proferidas com enorme tristeza e amargura por Jesus. Tiro e Sidom, foram grandes centros comerciais situados na Costa do Mediterrâneo. Eram cidades soberbas, tal era o explendor da sua beleza e riqueza.
No entanto, foram destruidas devido à sua vaidade perante Deus.

Corazim e Betsaida, eram cidades localizadas no noroeste do mar da Galiléia sobre as quais pouco se sabe.

Mas o aspecto essencial do texto que vos apresento, é que tanto Corazim como Betsaida foram alvos de numerosos milagres de Jesus durante o seu ministério. Jesus deu-lhes várias oportunidades para se redimirem e se arrependerem. No entanto, mesmo beneficiando dos seus milagres, rejeitaram a Sua mensagem e o seu apelo para mudarem de vida.

Na sua declaração final, Jesus revela-nos que haverá mais tolerância para com Tiro e Sidom, não porque não houvessem igualmente prevaricado contra Deus, mas porque - ao contrário de Corazim e Betsaida - nunca tiveram a oportunidade de receber a Jesus e os seus milagres. Nunca tiveram tantas oportunidades e apelos para se arrependerem e mudar de vida. Nunca foram confrontados com a realidade do Evangelho de Cristo.

Quanto a si, caro leitor, desejo que nunca perca a oportunidade que Cristo oferece. A mensagem do Evangelho, é a única verdade que oferece satisfação e realização espiritual. Ouça-a e mude de vida!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras de Jesus

Então trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.
Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele.
Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava. - Evangelho Segundo Marcos 10:13-16

Celebra-se hoje o dia da criança. Neste dia, as atenções focam-se sobretudo nos direitos das crianças e das suas necessidades. As crianças são homenageadas, presenteadas, mimadas, não se sabe bem porquê. Mas talvez porque são crianças, seres indefesos, geradores de sentimentos mais nobres de afecto, amor e carinho.

Ora, no trecho acima referido, curiosamente vemos Jesus olhando para as crianças não apenas como seres com direitos, mas como grandes exemplos de virtudes para os adultos, sendo estes chamados a seguir as suas virtudes.
Mas por que razão considerava Jesus as crianças um exemplo através do qual os adultos podiam ter acesso ao Reino de Deus?

O Reino de Deus, representa a aceitação do Evangelho de Cristo e a vivência dos seus valores espirituais em obediência a Deus. Portanto, viver sob o signo do Evangelho de Cristo, é uma decisão que só pode ser tomada e vivida por aqueles que apresentam três virtudes encontradas nas crianças:

Primeira: SINCERIDADE - As crianças são pela sua natureza, sinceras. Sinceras nas coisas certas e nas coisas erradas que fazem.
Neste sentido, receber e viver o Evangelho de Cristo requer sinceridade absoluta naqueles que o fazem. De outra maneira, Não será possivel agradar a Deus.

Segunda: DEPENDÊNCIA - Este episódio surge na sequência da estadia de Jesus na Judéia, onde ensinava o povo. Um grupo de fariseus (líderes religiosos judáicos, conservadores e que constantemente se opunham à sua mensagem), aproximou-se dEle a fim de saber a sua opinião sobre o divórcio. Jesus, frontalmente se manifestou contra.
Neste sentido, as crianças são um exemplo para aqueles que receberam ou desejam receber o Evangelho de Cristo, porque são totalmente dependentes dos seus pais. Os pais, são para elas a personificação da sua segurança e fonte de satisfação de todas as suas necessidades.

Terceira: CONFIANÇA - Alguém poderia merecer total confiança para as crianças que os seus pais?

Por isso, as crianças podem e devem ser um exemplo para os adultos. Porque neles, encontramos as virtudes que nos podem aproximar de Deus, ajudando-nos a viver vidas felizes!

quinta-feira, 31 de maio de 2007

SABER VIVER - Palavras do Diabo

Foi Jesus levado pelo Espírito, ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
Então o tentador, aproximando-se, disse-lhe: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. - Evangelho Segundo Mateus 1:1-3

Neste relato bíblico, quero destacar duas manobras estratégicas que o Diabo invariavelmente utiliza para levar as pessoas a fazerem-lhe a vontade.

1. Como sabemos, o Diabo é um ser que vive do mal e para o mal. Mas mais do que isso, o Diabo vive para enganar os seres humanos e levar-lhes à prática do mal e, consequentemente, ao sofrimento. Para os enganar, o Diabo sabe como ninguém, que precisa de conhecer profundamente as suas vítimas. Por isso, estuda-as. Conhece as suas virtudes e defeitos. Sabe como abordá-las, a partir das suas fragilidades. É minuncioso em todo o processo de abordagem, e sabe o momento certo em que deve desferir o golpe final.

2. Devido ao facto de conhecer profundamente as sua vítimas, o seu modus operandi pressupõe atacar a vítima pelo seu lado mais frágil, carente e fácil.

No texto de hoje, vemos como o Diabo de facto conhecia a Jesus. Sabia das suas virtudes (nomeadamente o seu profundo conhecimento bíblico). Por isso, não ousou introduzir a estratégia da persuasão pela Palavra de Deus, como fez com a Eva, no Éden.
Mas usou a estratégia da persuasão pela necessidade fisiológica de alimento. Sabia que ia ser difícil. Mas ousou tentar, ciente de que Jesus estava debilitado e carente de alimento.

Na vida, precisamos de estar sempre em alerta em relação ao Diabo. Ele existe, e está permanentemente à nossa volta a procura da próxima vítima. Por isso, tenha cautela. Não vá dar-lhe o prazer de celebrar à sua custa.

terça-feira, 29 de maio de 2007

SABER VIVER - Palavras de Malaquias

Enfadais ao Senhor com as vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto que pensais: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?
Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o salário do jornaleiro e oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e não me temem (...) - Malaquias 2:17 e 3:5)

É comum ouvirmos pessoas que se queixam de Deus. Não entendem como pode um Deus intrinsecamente bom permitir que ocorram determinadas injustiças sem, aparente, nada fazer contra elas.

Neste trecho de hoje, vemos como Deus se entristece com essas falsas acusações. Sabemos que há gente que faz mal e não sofre de imediato a penalização justa. Mas o problema não pode ser imputado a Deus, pela simples razão de que o seu juízo e critério de justiça e condenação, não seguem os padrões humanos.

Por outro lado, a ocorrência de injustiças e maldade entre os homens, não pode ser vista como sendo resultado da ausência ou de falta de interferência divina. Deus não criou homens-robot, ou seres telecomandados ou teleguiados. Se assim fosse, seguramente que não teríamos vontade própria, e seríamos como os outros animais irracionais.

Mas a inegável realidade, é que nada passará sem que a justiça divina seja concretizada: os feiticeiros, os adúlteros, os que juram falsamente, os que exploram os seus empregados e os que não têm qualquer consideração para com Deus, terão a mão pesada divina no momento e de forma como só Ele age.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

SABER VIVER - Palavras de Deus

Então fez o Senhor Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo, por causa da planta.
Mas Deus no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou.
Então perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta? (...)
Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer; que numa noite nasceu e numa noite pereceu (...). - Livro de Jonas 4:6,7,9,10

Permitam-me partilhar convosco duas idéias que esta história me suscitou:

1. Esta história surge na sequência do perdão de Deus às pessoas de uma terra chamada Nínive, que pela sua maldade mereciam ser destruídos por Deus. Jonas, tinha recebido o mandato divino para lhes anunciar o veredicto de Deus e a necessidade de se arrependerem do seu comportamento. Jonas, assim o fez, o povo se arrependeu, Deus perdoo-lhes e o Seu veredicto foi anulado.
Mas este volte-face de Deus deixou Jonas completamente revoltado e angustiado. Como podia Deus dar perdão a um povo que não merecia o Seu amor?

De facto, encontramos muitas pessoas como Jonas. Pessoas egoístas, invejosas, ciumentas, hipócritas, falsas...cheias de maldade. Pessoas que não toleram que a vingança e o mal para os outros seja substituída pelo perdão, justiça e amor.

2. É verdade, que as pessoas foram feitas para serem amadas e as coisas para serem usadas. Mas por que amamos as coisas e usamos as pessoas?
Deus precisou de usar um verme para matar esse sentimento perverso de Jonas. Quando ele se alegrava com a planta que Deus lhe havia concedido, um verme secou-a num instante. Jonas que amava mais as coisas que as pessoas, ficou tão revoltado e deprimido que preferia morrer.

Infelizmente, são assim muitas pessoas. Mas Deus revela-nos que o Seu perdão, amor e justiça não se medem por critérios humanos. Por isso, podemos acreditar plenamente nEle. Basta confiar, dedicar a nossa vida e suplicar-lhe perdão pelas nossas falhas e fragilidades.

SABER VIVER - Palavras do rei Salomão

Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer. (Eclesiastes 12:1)

"Lembra-te do teu Criador". Mas, afinal de contas, quem é o meu Criador?
É óbvio que existem convicções divergentes acerca da origem do homem. Mas não tenhamos dúvidas de que sendo o homem uma criatura racional, espiritual e emocional; não pode deixar de ter um Criador superior nas suas qualidades e virtudes.

Lembrarmo-nos do nosso Criador é, antes de mais, uma atitude de elevada dignidade humana, gratidão e reconhecimento pelo nosso progenitor. Mas é também uma atitude de profunda sabedoria, que nos prepara para uma vida plena de satisfação e realização pessoal.

"Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os dias maus". Uma das característica da juventude, é viver de forma intensa mas fútil cada dia da sua vida. Salomão lembra-nos que a mocidade é transitória, e com ela vão-se os sonhos, as ambições, os projectos, os planos, as capacidades, as forças...a vida. Nos "dias maus", quando começamos a sentir-nos frustrados perante o fracasso dos nossos sonhos, ambições, projectos, planos, saúde; quando percebemos que não podemos voltar atrás e começar de novo, então poderá ser tarde demais.

Lembrarmo-nos do nosso Criador nos dias da juventude, é prepararmo-nos para uma vida melhor e satisfatória. É buscar sabedoria divina para construirmos a vida em alicerces sólidos e em projectos sustentáveis. Saber viver, é viver com a sabedoria de Deus!

terça-feira, 22 de maio de 2007

SABER VIVER - Palavras de Habacuque

Ainda que a figuera não floresça, nem há fruto na vide;
o produto da oliveira mente, e os campos não produzem mantimento;
as ovelhas foram arrebatadas do aprisco e nos currais não há gado,
todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.
O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça,
e me faz andar altaneiramente. (Habacuque 3:17-19)

Confesso que nunca vi tamanho optimismo diante de tamanha desgraça. É óbvio que a dimensão das desgraças é relativa, porque é vivida de forma diferente por cada indivíduo.

Mas o sentimento de perda de Habacuque, é desolador para qualquer pessoa. Não ver os resultados do trabalho, do investimento, da busca por algo que se ambiciona e se espera, é deveras frustrante e deprimente. Ninguém consegue, humanamente, lidar com o insucesso de forma tão gritante e abragente como Habacuque nos relata no trecho que referimos acima.

Mas há um segredo, talvez não, para o espírito positivo ou para o optimismo com o qual esse homem enfrentou o insucesso.
Ele nos ensina que não foi buscar em Deus a solução, mas sim o conforto.
Saber viver, caros amigos, é descobrir o que este homem descobriu em Deus. Nem sempre poderemos ter tudo o que queremos, conquistar ou alcançar os nossos objectivos e alvos, ter o sucesso que laboriosamente buscamos, receber o queremos e pedimos.

Mas, seguramente, se tivemos a nossa vida e confiança depositadas em Deus poderemos, sem sombras de dúvidas, experimentar o conforto, a paz e a alegria de viver. Porque Ele, está mais interessado em nós do que nas coisas!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XIX

"NÃO HAVENDO PROFECIA O POVO SE CORROMPE; MAS O QUE GUARDA A LEI ESSE É FELIZ". ( Provérbios de Salomão 29:18)

Finalizamos com esta reflexão, um interessante conjunto de provérbios deixados pelo sábio rei Salomão.
No entanto, o de hoje, não sendo o melhor, é de grande relevância para a sociedade contemporânea e para a nossa mentalidade pós-moderna.

O que é a "profecia"?
Sem dúvida, Salomão está a referir-se à profecia divina aceite pelo Cristianismo e expressa na literatura bíblica.
"Não havendo profecia o povo se corrompe". Existe só uma profecia, porque a palavra divina é uma só.
Quando a profecia é ignorada, desprezada ou simplesmente tida como irrelevante para o homem moderno, o reflexo se manifesta na comportamento da sociedade. Sem a profecia, o povo se corrompe. Sem o respeito e a valorização da importância da palavra divina escrita e disponível para educar, orientar e julgar os actos do homem, o povo prevarica.

Não é por acaso que à medida em que se ignora a importância da Deus, os valores humanos se tornam igualmente irrelevantes. Uma sociedade sem valores, sem Deus e sem princípios sagrados, é uma sociedade mais violenta, cruel, sem rumo e sem paz. Pois, o povo "que guarda a lei esse é feliz".

Pense bem nisto, e certamente se tornará mais sábio!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XVIII

"SE O QUE TE ABORRECE TIVER FOME, DÁ-LHE PÃO PARA COMER; SE TIVER SEDE, DÁ-LHE ÁGUA PARA BEBER, PORQUE ASSIM AMONTOARÁS BRASAS VIVAS SOBRE A SUA CABEÇA". ( Provérbios de Salomão 25:21,22)

Envergonhar o inimigo pagando-lhe o seu mal pelo bem é, talvez, a manifestação mais difícil de amor ao próximo. Mas realmente é desta maneira que Deus nos quer levar ao arrependimento, através dos seus benefícios graciosos.

Façamos pois aos outros não apenas o queremos que nos façam a nós, mas acima de tudo façamos aos outros o que gostaríamos que Deus nos fizesse a nós; visto que na Sua infinita perfeição, no Seu poder e na Sua justiça nos revela o seu amor mesmo quando dele nada merecemos.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XVII

"COMO O FERRO COM O FERRO SE AFIA, ASSIM O HOMEM AO SEU AMIGO". (Provérbios de Salomão 27:17)

Afinal, para que serve o amigo?
O rei Salomão responde-nos com a sua soberba sabedoria. O amigo, é como o ferro que afia com o ferro. Quer isso dizer, que o amigo é alguem que nos "afia" ou com o qual nos "afiamos".

Mas qual é o significado da palavra "afiar" neste provérbio?
Afiar, é limar as arestas, é aperfeiçoar, é tornar certo, ajustado, equilibrado.
Tal como o ferro que com o ferro afia, assim também o amigo aperfeiçoa, corrige e ajuda o seu amigo a tornar-se uma pessoa melhor e mais equilibrada.

Assim devíamos também encarar a amizade. Não apenas como companheirismo ou alguém nos apoia nos momentos difíceis. Um amigo não é apenas alguém de confiança ou que se identifica com as nossa idéias, gostos, estilos, ideologia, clube, música, etc; e que por isso não nos confronta nem se opõe àquilo que somos e fazemos. Alguém que faz o queremos e diz o que gostamos.

O amigo, é alguém que nos ajuda a melhorar na nossa forma de ser e de viver. É alguém que nos ensina, corrige, recusa, descorda quando estamos errados e procura assim contribuir para nos melhorar.
Por isso é que precisamos de amigos, e de amigos que também se identifiquem com os nossos valores e padrões de vida. Para nos ajudarem a ser pessoas melhores, dia-após-dia.

domingo, 13 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XVI

"MAIS VALE O BOM NOME DO QUE AS MUITAS RIQUEZAS; E O SER ESTIMADO É MELHOR DO QUE A PRATA E O OURO". (Provérbios de Salomão 22:1)

Quero antes de mais esclarecer que não existe em nenhuma parte da Bíblia e nos ensinos de Jesus, qualquer censura ao simples facto de se possuir riquezas e bens materiais. As riquezas, são muitas vezes até associadas à benção de Deus.

Mas ao analisarmos este provérbio, somos confrontados com o valor da pessoa humana medido e avaliado por aquilo que intrinsecamente é, e não por aquilo que possui.

Ora, qual é o significado do "bom nome" neste provérbio?
O sentido atribuido ao "bom nome", vem logo a seguir: "o ser estimado".

O "bom nome" não é, portanto, possuir um nome conotado com a nobreza ou com aristocracia; nem é possuir um nome cujo significado personifica a sorte, a grandeza, a inteligência, a beleza e virtuosidade física, a divindade, a fama e o sucesso de outra pessoa.
O "bom nome", é a caracterização ou revelação daquilo que alguém é, dos seus feitos e valores por ele realizados e defendidos, e que serão a marca registada da sua vida. É "ser estimado" por aquilo que se é, se realizou ou se lutou na vida.

Pensemos naquilo que nos lembram nomes como Jesus, Martin L. King, Madre Teresa de Calcutá, Galileu ou Rosa Mota!
Certamente, a nossa memória recorda-nos aquilo que eram, fizeram e conquistaram. São pessoas que estimamos muito e admiramos não pelas riquezas e bem materiais que eventualmente possuiram, mas apenas pelo legado que nos deixaram em virtude da vida que viveram.

Infelizmente, a sociedade e o mundo no qual vivemos apela-nos para a importância de termos coisas. Atribue-se valor às pessoas, ou bom nome, se estas forem bem sucedidas financeiramente ou profissionalmente, se tiverem títulos académicos ou se tiverem nome de boas famílias.

Ao terminar a leitura deste texto, pense bem na futilidade de avaliar as pessoas em função das coisas. Afinal de contas, os seres humanos são aquilo que são e têm dignidade própria. E no futuro só nos lembraremos daqueles que verdadeiramente estimamos e admiramos, cujas vidas nos deixaram o registo daquilo que foram.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XV

"O ORGULHO DOS JOVENS ESTÁ NA SUA FORÇA; A HONRA DOS VELHOS ESTÁ NOS SEUS CABELOS BRANCOS". (Provérbios de Salomão 20:29)

Se cada pessoa tem a sua história de vida, cada fase da vida tem a sua história!

Essa frase revela-nos com todo o explendor, a beleza da vida em todos os momentos porque ela passa. Mas mais do que formular ou classificar a vida humana, o escrutínio da vida faz-se pela contemplação e valorização daquilo que cada ser humano pode e sabe fazer em cada momento da sua vida. O desenvolvimento e a maturidade do homem e da mulher, são feitos ao longo da vida. A criança, não vale mais do que o adolescente; nem este, mais do que o jovem e o adulto.

Neste provérbio, Salomão revela-nos duas coisas básicas:
1. O orgulho dos jovens está na sua força. É indiscutível que a juventude é o período de maior dinamismo físico e até intelectual. O jovem, de facto, gosta e pode exibir as suas capacidades físicas e gozar de mais saúde nesta fase. Esta, é sem dúvida, a fase da força e da saúde. A fase em que o jovem se orgulha do seu corpo, do seu aspecto físico.

2. A honra dos velhos está nos seus cabelos brancos. Nesta fase, não se fala de força nem de vigor físico embora este possa existir. Esta é a fase dos cabelos brancos, símbolo exterior de experiência e sabedoria. Ao contrário da fase da juventude em que há uma manifesta valorização e disponibilidade física; nesta fase há uma maior disponibilidade de sabedoria, fruto da experiência acumulada ao longo dos anos de vida. O idoso é honrado não pela força física, mas pela sua larga experiênca. Esta experiência permite-lhe antecipar, gerir e resolver melhor os problemas da vida em relação àquilo que o jovem pode fazer.

Portanto, uma sociedade responsável e amadurecida deve saber valorizar cada fase da vida humana, porque assim estaremos todos a contribuir para uma sociedade melhor onde a sobrevivência dos homens é feita com toda a dignidade.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XIV

"O CORAÇÃO ALEGRE É BOM REMÉDIO, MAS O ESPÍRITO ABATIDO FAZ SECAR OS OSSOS". ( Provérbios de Salomão 17:22)

Já os antigos sabiam os cuidados que deviam ter com o coração. A literatura hebraica contém muitos alertas sobre os cuidados a ter com esse órgão vital. O coração devia ser guardado, porque dele procedem as saídas da vida, conforme o enunciado bíblico.

No provérbio de hoje, diz-se que o coração alegre é bom remédio (para o corpo), na medida em que o espírito abatido faz secar os ossos.
Manter o coração alegre, é um exercício de amor pela vida, mais do que qualquer outro que possamos imaginar. Um coração alegre, significa uma disposição interior que permite gerir o impacto das emoções negativas, dolorosas e desagradáveis com grande sentido de humor e compreensão. Não digo, por exemplo, que devemos procurar sorrir perante a morte de alguém, mas que devemos compreender e aceitar o facto de que a vida é transitória.

saber lidar com os fracassos, doença, sofrimento e angústia, é um exercício de sabedoria que nos mantém saudáveis e com amor pela vida.

Alguns, por questões de personalidade ou de cultura, tenderão a ser mais melancólicos ou mais vulneráveis aos efeitos negativos. Todavia, viver sob o signo da tristeza e do pessimismo é expôr a vida à destruição. É tornar a existência desnecessária e enfadonha. O espírito abatido faz secar os ossos!

Sejamos pois alegres, no sentido de aprendermos a gerir com sabedoria (humor e compreensão) as emoções negativas do dia-a-dia. Veremos que o nosso presente e futuro serão mais risonhos e o nosso corpo certamente agradecerá!

terça-feira, 8 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XIII

"RESPONDER ANTES DE OUVIR É ESTULTÍCIA E VERGONHA". (Provérbios de Salomão 18:13)


Este provérbio faz-me lembrar a personagem de Lucke Lucke da banda desenhada, o pistoleiro que era mais rápido do que a sua própria sombra.

Responder antes de ouvir é estultícia, ou seja, é tolice. Como pode alguém responder acerca de algo que não ouviu?

Mas responder antes de ouvir é também vergonha, isto é, causa vergonha. Como pode alguém responder correctamente o que mal ouviu?

O problema da informação começa quando não se sabe ou não se quer ouvir. Meia palavras, geram meias verdades. Infelizmente, meias verdades não geram meios problemas. Antes, geram intrigas, discussões, ofensas, ódios, divórcios, destróem amizades longas e profícuas, geram desconfianças...arruinam tudo quanto é bom.

Aprendamos pois a ouvir. sublinho "aprender", porque saber ouvir não é um dom ou talento. É um exercício de aprendizagem constante. ouvir, não é escutar. Porque ouvir, pressupõe escutar e perguntar o que não se percebeu. Ouvir é entender, para que não sejamos tolos nem tenhamos motivos para corar de vergonha.

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XII

"EM TODO O TEMPO AMA O AMIGO, E NA ANGÚSTIA SE FAZ O IRMÃO". (Provérbios de Salomão 17:17)

Aqui está a melhor definição de amizade que conheço: o amigo, é todo aquele que "ama" e "se faz o irmão".

AMAR. O amigo ama! A amizade tem uma componente sentimental, que une os amigos num sentimento de entrega, confiança, confidencialidade, presença nos momentos de abundância e de escassez; de dor e de alegria.

SER IRMÃO. O amigo "se faz o irmão". Uma das características da irmandade é que os irmãos não se escolhem, todavia aceitam-se e se amam. O amigo se faz irmão na angústia, porque aceita, vive e partilha todos os momentos do outro - sobretudo os mais defíceis - como se de um irmão se tratasse.

Portanto, um amigo que não ama e que não se comporta como um irmão nos momentos de angústia, não é um amigo.

O amigo ama em todo o tempo. O amigo faz-se um irmão.

Avaliai as vossas amizades tal como o sábio rei Salomão nos recomenda, e descobrireis - com surpresa ou sem surpresa - os verdadeiros amigos.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XI

"O QUE OPRIME AO POBRE INSULTA AQUELE QUE O CRIOU, MAS A ESTE HONRA O QUE SE COMPADECE DO NECESSITADO". ( Provérbios de Salomão 14:31)

Neste provérbio, o ponto central incide sobre "aquele que o criou"- Deus.
Apesar da Teoria Evolucionista defender a não existência de um criador do universo e, particularmente, do ser humano; o Criacionismo é mais plausível por ser biblicamente sustentável e por responsabilizar ética e moralmente o comportamento do ser humano face à toda a criação.

Neste sentido, sendo o homem um ser criado, possue em si mesmo o código genético do seu criador, visto ter sido criado "à imagem e semelhança de Deus". Por isso, oprimir o pobre ou proceder de vergonhosa e repreensível em relação ao seu próximo, é expôr ao vexame aquele que o criou.
Tal como o filho mal-comportado desonra os seus pais - seus "criadores" - pelos seus actos pouco dignos.

Assim, fazer bem ao que precisa, não é apenas um acto de humanismo, de solidariedade, de educação cívica, ou de respeito pelos valores e direitos humanos. É honrar o criador - o ser divino que a todos nos criou.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

DIA DA MÃE - HOMENAGEM À MULHER VIRTUOSA

" Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias.
O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho.
Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida.

Busca lã e linho, e de bom grado trabalha com as mãos.
E como o navio mercante, de longe traz o seu pão.
É ainda noite e já se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas.

Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.
Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.
Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite.
Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca.
Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado.
No tocante a sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate.
Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura (...)

Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua lingua.
Atende ao bom andamento da sua casa, e não come o pão da preguiça.
Levantam-se seus filhos, e lhe chamam ditosa, seu marido a louva, dizendo:
Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.

Enganosa é a graça e vã a formusura, mas a mulher que teme a Deus, essa será louvada." (Provérbios de Salomão 31:10-22, 26-30)

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO X

"HÁ CAMINHO QUE AO HOMEM PARECE DIREITO, MAS AO CABO DÁ EM CAMINHOS DE MORTE". (Provérbios de Salomão 14:12)

Esta é uma advertência que deve ser lida e relida com toda a atenção e abertura de espírito. Cada palavra tem o seu sentido, e cada sentido a sua sabedoria.

Há caminho que ao homem parece direito. Que caminho é este?
Os caminhos escolhidos pelo homem são enganosos: o caminho da religião que promete facilidades e soluções para tudo; o caminho do enriquecimento rápido e sem olhar a meios; o caminho que permite chegar a resultados rápidos sem se importar com a natureza do corpo; o caminho do álcool, da droga, do sexo (desde que seja seguro); o caminho do facilitismo, do engano, da burla...do crime.

Este caminho que ao homem parece direito. A ilusão, é a sua principal característica. Quem o segue, acredita nele e no seu destino. É um caminho atraente, fácil, rápido e cómodo. É um caminho que atrae multidões.

Mas o sábio rei Salomão adverte-nos acerca do seu fim. No fim, é que o homem descobre o trágico destino do seu caminho.
E qual é o destino desse caminho que ao homem parece direito?
O destino é a morte. Mas a morte, aqui, não é apenas o fim de uma vida. É, antes, a irreversibilidade do seu retorno. É um caminho que depois de percorrido, não nos permite inverter o seu sentido à tempo de corrigir a rota ou escolher outro itinerário. É um caminho que deixa dor, mágoas e ressentimentos profundos. É, portanto, um caminho traiçoeiro e trágico.

Por isso, cabe ao homem escolher o caminho certo. Esse caminho é o caminho da fé, que apenas o Cristianismo bíblico oferece. Todo aquele que buscar a Deus, encontrará nEle o único caminho para a vida.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO IX

"HÁ QUEM SE FAÇA RICO, NÃO TENDO COISA NENHUMA, E QUEM SE FAÇA POBRE, TENDO GRANDE RIQUEZA". ( Provérbios de Salomão 13:7)

Aqui está o cerne da vaidade humana. Fazer-se rico, é a tentção daqueles que não sabem viver em humildade no relacionamento com os outros. Gostam de ser excêntricos, para que todos reparem naquilo que possuem. Mas no fundo, no interior do seu coração são pessoas vazias de sentimentis, de valores, de virtudes.

Outros, fazem-se pobres porque exteriormente vivem na simplicidade. Mas o seu interiror está cheio de amor, de respeito, de afecto, de solidariedade, de humildade, de paz, de alegria...de felicidade verdadeira. Estes, possuindo ou não riquezas, manifestam simplicidade no seu relacionamento com os outros. É esta a verdadeira riqueza do homem!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PARÁBOLA VIII

"O QUE AJUNTA NO VERÃO É FILHO ENTENDIDO, MAS O QUE DORME NA SEGA É FILHO QUE ENVERGONHA". (Provérbios de Salomão 10:5)

Este, para além de ser um belíssimo provérbio é um provérbio de profunda sabedoria.
O verão é a época do ano em que geralmente a maior parte das pessoas se dedica, sem desprimor, ao ócio e ao lazer. Se fosse possível, a maioria das pessoas não trabalharia no verão. É o período mais apetecível para férias, para andar na rua, para desfrutar das explanadas, para a praia e para bronzear a pele, para os churrascos e para as festas, para tudo menos para o trabalho.

O que ajunta no verão é filho entendido, porque quando todos voltarem para o "enfadonho" trabalho ele terá recolhido o necessário para desfrutar e descansar. Esta verso pretende ensinar-nos que o que trabalha no meio de gente ociosa e despreocupada com o futuro, é sábio, porque terá a sua vida assegurada. Quando os outros despertarem, já o sabio terá assegurado a prosperidade suficiente para viver os seus dias com tranquilidade.

Mas o que dorme na sega é filho que envergonha. Que quadro mais trágico! A sega, é a altura do ano em que há trabalho para quem quer trabalhar. É o período de investimento e enriquecimento. É nesta altura que se junta o necessário para os tempos vindouros. Quem desperdiça esta época, só pode mesmo ser...tolo!

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO VII

"ESTAS SEIS COISAS ABORRECEM A DEUS, E A SÉTIMA A SUA ALMA ABOMINA:
OLHOS ALTIVOS,
LINGUA MENTIROSA,
E MÃOS QUE DERRAMAM SANGUE INOCENTE:
CORAÇÃO QUE MAQUINA PENSAMENTOS VICIOSOS;
PÉS QUE SE APRESSAM A CORRER PARA O MAL;
TESTEMUNHA FALSA QUE PROFERE MENTIRAS:
E O QUE SEMEIA CONTENDAS ENTRE OS IRMÃOS". ( Provérbios de Salomão 6:16-19)

Não serão estes os verdadeiros sete pecados mortais?

Chamo a vossa atenção para a forma como estes pecados estão conectados: Mãos que derramam sangue inocente, são levados a prática desse mal por um coração que maquina pensamentos viciosos.

A testemunha falsa, por sua vez, gera aquele pecado que não só aborrece mas é verdadeiramente abominável: semeia contendas entre irmãos.
A prática da falsidade ou o recurso ao falso testemunho para resolver uma situação, ou para conseguir um objectivo é abominável, porque gera contendas entre as pessoas. Quando alguém, com má intensão, utiliza este mecanismo difamatório, deixa o outro (ou outros) sob suspeita e em permanente desconfiança. Gera-se, assim, um clima desagradável entre as pessoas e efeitos destrutivos por vezes difíceis de medir.

Tenhamos pois cuidado com as nossas palavras, porque elas matam e destroem o outro como qualquer arma de fogo.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Vidas Ilustradas - PARÁBOLA VI

"BEBE A ÁGUA DA TUA PRÓPRIA CISTERNA, E DAS CORRENTES DO TEU POÇO". ( Provérbios de Salomão 5:15)

Viví durante alguns anos num regime de internato. Uma das minhas maiores angústias era não perceber por que é que havias colegas que se atreviam a consumir bens alimentares alheios, mesmo quando devidamente identificados, sem quaiquer pudores nem ressentimentos.

Pensando neste provérbio de Salomão, há duas lições a tirar:

1ª) Beber da água da minha própria cisterna, e das correntes do meu poço, significa ser fiel ao meu compromisso assumido. Quer dizer ter pudor em faltar à verdade, em relação ao pacto de fidelidade e sinceridade relativamente à esposa ou ao marido.

Infelizmente, vivemos tempos penosos em que a fidelidade e a sinceridade no casamento perderam o sentido e a vergonha. Relacionamentos se destroem, casamentos com prazo de validade, filhos que perdem referências e valores da família, etc. Mas tudo isso, infelizmente, continua a não despertar consciências para a mudança.

2ª) Beber a água da minha própria cisterna, e das correntes do meu poço, significa não apenas ser fiel ao outro, mas também assumir um compromisso de fidelidade.
A necessidade de querer viver sem compromisso - a isto alguns chamam liberdade - leva muitos a assumir relacionamentos fugazes, platónicos ou, como hoje se diz, "amizades coloridas".

Beber a água da nossa citerna, e das correntes do nosso poço revela sobretudo duas coisas:
que somos humanos e naturalmente diferentes do animais irracionais comandados pelo instinto; e que sendo seres civilizados, respeitamo-nos mutuamente.

A fidelidade na vida, é como a honra de um militar: quando se perde, dificilmente se volta a recuperar!