sábado, 30 de junho de 2007

SABER VIVER - A fé que agrada a Deus

Pela fé Noé, divinamente instruído por Deus acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé. Livro de Hebreus 11:7

Este versículo é do mais esclarecedor que há sobre a concepção bíblica de fé. A fé, seja ela em Deus, seja em relação a acção divina, tem fundamento. A idéia de que a fé é uma convicção do género intuitivo, não se fundamenta na Bíblia.

É claro que a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de factos que se não vêem (v.1). Mas, afinal, o que é que isto quer dizer?

Porque razão cremos em Deus? Ou por que acreditamos que Deus age, mesmo quando não O vemos ou não atestamos de forma material o que Ele faz? Estas são algumas das inquietações ou dúvidas dos ateus em relação a Deus e ao Cristianismo.

Mas a fé que nos é revelada na Bíblia, é fundamentada na razão. Notem no texto acima citado, que a fé de Noé era fundamentada na instrução de Deus. É evidente nesse texto, que Noé não sabia mais nada sobre como haveria de ser o dilúvio. Foi instruído acerca de "acontecimentos que não se viam". Mas o fundamento da fé estava na instrução que havia recebido de Deus. A fé, portanto, não é uma emoção especial, ou um sentimento invulgar. A fé, é fundamentada na razão instruída por Deus.

Essa é, pois, a razão pela qual os ateus não crêm em Deus: falta-lhes a instrução divina que é dada apenas àqueles que a Ele se submetem.
Essa é, também, a razão por que homens cultos e instruídos se converteram a Deus: submeteram-se a Ele e, nessa busca em conhecer Deus, foram instuídos na fé.

Se lhe falta fé, busque a Deus, submeta-se a Ele, abra a sua mente, e Deus o instruirá no caminho do conhecimento da fé. E se o fizer, pode ter a certeza que se tornará uma pessoa feliz.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

SABER VIVER - Lembra-te de quem te criou.

Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer. - Eclesiastes 12:1

Em primeiro lugar, quem é o teu Criador?
Na Bíblia, Deus é o Criador do ser humano e de tudo o que existe no universo.
Portanto, lembrar o Criador, é ter presente que como seres humanos não vimos do nada antes, fomos criados por Deus.
Mas lembrar o Criador, é muito mais do saber quem nos criou. "Lembrar", no texto bíblico de hoje, é "agir" em favor de Deus. O conselho de Salomão, é de que devemos agir, entregando-nos ao serviço de Deus enquanto dispomos do vigor físico e da frescura da idade. Por quê? Porque virão dias em que a idade será o inimigo da nossa vontade.

Mas estará Salomão a dizer que idade ou a velhice rouba-nos o prazer de viver?
Certamente que não!
Na Bíblia, a velhice é-nos apresentada como benção:
Pensem em Abraão, que recebeu a sua maior benção com o nascimento de Isaac, quando tinha 100 anos.
Simeão, que apenas nos finais da sua vida recebeu a benção de ver Jesus, promessa há muito aguardada, mas recebida na sua velhice.
E a profetiza Ana, que só aos 84 também viu o nascimento de Jesus.

Assim, cada idade tem o seu encanto e beleza. Entregue-se a Ele, e desfrute o prazer de viver com Deus.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

SABER VIVER - O Cego de Nascença

A história do Cego de Nascença registada no Evangelho de João capítulo 9, é de uma beleza extraordinária e de um signicado que nos deve comover.
Caminhava Jesus pelas estradas de Jerusalém, quando viu um cego pedindo esmola. Cuspiu no chão, e misturando a sua saliva com a terra fez uma pasta que aplicou nos olhos do cego e este passou a ver.
Mas esta história tem lições absolutamente cativantes. E permitam-me destacar três:

1) A cura deste homem é um exemplo de persistência. Ele sempre acreditou que podia voltar a ver, mesmo sabendo da envolvência cultural e religiosa que o considerava vítima do pecado dos seus pais. Mas o que vemos, é um homem persistente na busca do seu objectivo. Um homem que não se deixou aprisionar pelas tradições religiosas e culturais; nem por esse fatalismo dominante na sua cultura, que considerava que os males dos filhos eram resultado dos pecados dos pais (v.2).

2) A cura deste cego, é também um exemplo de confiança. Vejam que se deixou untar nos olhos com a pasta preparada por Jesus. Essa sua atitude só se justifica pelo facto de que ele já tinha ouvido falar em Jesus como Filho de Deus, e acreditava no seu poder. Foi essa fé em Jesus, que lhe proporcionou a cura (v.11). Notem, que ele sabia quem Jesus era e por isso confiou na sua palavra, foi lavar-se no local que Ele lhe recomendara e voltou a ver. Duvido que se fosse outra pessoa que não Jesus, ele tivesse seguido as suas recomendações (v.31).

3) A cura deste homem, deveu-se também ao facto de seguir todas as recomendações prescritas por Jesus. Notem como ele seguiu meticulosamente o que lhe foi dito: deixou-se untar, foi imediatamente àquele lugar indicado e lavou-se com aquela àgua. É obvio que não foi a àgua que o curou (porque se fosse, outros que lá fossem lavar-se, também se curavam). O que o curou, foi a fé em Jesus.

Esta história, é um testemunho admirável de fé em Deus. Depois da ocorrência do milagre, vemos este homem afirmando publicamente que Jesus é profeta, arriscando a sua vida pelas suas convicções e fé.

sábado, 23 de junho de 2007

SABER VIVER - O Peso da Palavra

Jesus contou a história de um homem que tinha dois filhos. A ambos perguntou se desejavam ir trabalhar para a sua vinha. O primeiro, respondeu afirmativamente que sim, mas depois não foi.
Quanto ao segundo, respondeu que não queria ir trabalhar. No entanto, arrependeu-se e foi.

A questão que Jesus colocou aos que o ouviam no templo de Jerusalém, foi: qual dos dois fez a vontade do pai? (Evangelho Segundo Mateus 21:28-32)

Esta questão que Jesus colocou é deveras interessante, pela razão que mais adiante Cristo explica: Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditaste nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto não vos arrependeste, afinal, para acreditardes nele.

Há dois aspectos a sublinhar:
1. A razão apresentada por Jesus era dirigida aos fariseus, homens cultos, que se orgulhavam do seu estatuto religioso e social. Todavia, quando ouviaram a mensagem de Deus através de João Baptista, não aceitaram e nem sequer o consideravam profeta de Deus.

2. Para além disso, tendo esses fariseus visto o poder da mensagem de João Baptista mudar a vida de publicamos (cobradores de impostos mal-amados pelo povo, por haver quem cobrasse mais do que a lei exigia) e de prostitutas, não se arrependeram.

Por estas razões, eles foram comparados ao primeiro filho. Tiveram acesso a mensagem de Deus, mas não ouviram. Tiveram um profeta que pregava a Palavra Divina, mas rejeitaram-no.
Seu orgulho e indiferença foram tais que, mesmo vendo publicanos e prostitutas mudarem de vida em virtude da Palavra de Deus, não se arrependeram.

Assim são também os fariseus dos nossos dias: têm acesso à Palavra de Deus registada na Bíblia, têm oportunidades de a ouvir a ser pregada por pregadores em igrejas, rádios, tv ou internet. Mesmo assim, persistem em rejeitar o evangelho e os seus valores.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

SABER VIVER - O Valor das Coisas

Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma poderemos levar dele. - 2 Timóteo 6:7

O autor dessa frase, pronunciou-a no contexto de um conjunto de ensinamentos acerca dos deveres que devem dominar os relacionamentos humanos.
O princípio-chave presente nessa frase é ignorância.
Paulo, exorta a Timóteo, a quem trata por filho, a não ser e a ensinar os outros a não serem ignorantes.

Para Paulo, os ignorantes os orgulhosos, os vaidadosos, os que amam o dinheiro e tudo o que é excessivo se tornarão inevitavelmente vítimas das suas próprias escolhas.
Neste sentido, ele lembra-nos que não devemos ser ignorantes acerca daquilo que trazemos quando nascemos, e do que havemos de levar quando morrermos.

É que, infelizmente, Paulo encontrava no seu tempo muitas pessoas ignorantes acerca disso. Gente que vivia para acumular bens materias e dinheiro. Pessoas completamente envolvidas com as coisas materiais, como se o seu futuro e eternidade dependesse disso.

Porque nada trazemos para este mundo, e nada levaremos connosco na morte, precisamos de aprender a viver com os bens materias conscientes de que é algo que é transitório. Ou seja, precisamos de aprender a focalizar a nossa curta existência neste mundo naquilo que é permanente e eterno - Deus.

Ignorar Deus ao longo da nossa existência neste mundo e viver para as coisas que cá encontramos e cá deixaremos, é viver a vida inteira a contruir armadilhas que depois, no fim, servirão para o nosso próprio encalço e destruição.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

SABER VIVER - O Novo Mandamento

Novo Mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. - Evangelho de João13:34

Jesus havia ensinado aos seus discípulos a amar a Deus de todo o coração, e ao próximo "como a ti mesmo".
Amar ao próximo como a nós próprios, é proceder como o bom samaritano quando, ao passar por um homem ferido e caído no chão, prestou-lhe auxílio. Este, é o amor que se revela em relação ao outro, para lhe prestar solidariedade ou caridade. O amor caritativo, é muito comum. Muitas pessoas, ou por verdadeiro amor, ou por aparência, têm manifestações de caridade para com os necessitados.

Mas no texto bíblico de hoje, Jesus revelou aos seus discípulos um novo mandamento. Neste mandamento, amar ao outro (ou ao próximo), é amar como Deus nos amou. Notem, que é amar "assim como Eu vos amei", e não como o outro (o próximo) vos amou. Devemos amar os outros, não como os outros nos amam, ou nos deveriam amar; mas como Deus nos amou.
E como foi que Deus nos amou?
Entregando o seu único filho, Jesus, para morrer pela humanidade.
Mas chamo a vossa atenção, que neste amor sacrificial de Jesus pela humanidade não foram apenas os que foram vítimas dos assaltantes (como na história do bom samaritano), que foram alvos do Seu amor. Foram o homem ferido, o bom samaritano, aqueles que viram o homem ferido no chão e passaram ao lado sem o ajudar. Amar ao outro como Deus nos amou, é amar a todas as pessoas independentemente dos seus méritos ou merecimentos.

Este novo mandamento é, pois, um enorme desafio de amor para todos nós. Só quando formos capazes de compreender esta dimensão do amor e vivenciá-lo na sua plenitude, viveremos melhor uns com os outros, realizando-nos como seres humanos e como filhos de Deus.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

SABER VIVER - A Jerusalém que mata os profetas

No Evangelho de Lucas 13:31-35, temos um relato dramático acerca da chegada de Jesus a Jerusalém.
Primeiro, foi informado por um grupo de fariseu que o rei Herodes pretendia matá-lo. A razão deste plano de Herodes, estaria provavelmente relacionada com o facto de Jesus gozar de uma popularidade invulgar e que não estaria a ser bem aceite pelas autoridades romanas.
Segundo, ao chegar de facto a Jerusalém, Jesus percebeu a triste realidade de uma cidade religiosa mas que rejeitava completamente a mensagem divina. Em jeito de lamentação, disse: Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!
Eis que a vossa casa vos ficará deserta. E em verdade vos digo que não mais me vereis até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor.

Ao lermos este texto, podemos ficar com a ilusão de que Jerusalém era uma cidade pior que a nossa cidade ou a nossa sociedade: Jerusalém matava os profetas de Deus, mas as nossas cidades não matam.

Todavia, vivemos em cidades e sociedades completamente indiferentes, senão mesmo, em cidades e sociedades que também rejeitam completamente a Palavra Divina. As pessoas estão distantes de Deus e rejeitam a sua mensagem. O apelo das cidades é para tudo, menos para as verdades espirituais. O homem urbano tem na sua agenda, a busca de satisfação material e realização pessoal. Deus e a Sua Palavra não são interesses, nem prioridades das cidades e sociedades modernas. Dois mil anos depois, Jesus continua a dizer em jeito de lamentação para as nossas cidades e sociedades o mesmo que disse para Jerusalém: "matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados".

Estejamos, pois, disponiveis para Deus aceitando a Sua mensagem como padrão de vida e de realização espiritual. Não matemos os profetas, nem apedrejamos os que pregam a mensagem cristã, rejeitando toda a forma de espiritualidade e de fé considerando que tudo é igual a pretexto de rejeitarmos a importância da vida religiosa.
Tal como Jesus disse de Jerusalém, Deus deseja aninhar-nos debaixo das suas asas, a fim de nos proteger e proporcionar-nos uma vida e existencia plena e feliz.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

SABER VIVER - O Exemplo da Viúva Pobre

Sentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias.
Vindo, porém, uma viúva pobre depositou duas pequenas moedas (...).
E chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes.
Porque todos ofertaram os que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuia, todo o seu sutento.- Evangelho Segundo Marcos 12:41-44

Esta é uma história sobejamente conhecida. Mas a sua leitura atenta levanta duas questões que gostaria de partilhar connvosco: Jesus parece pretender ensinar uma verdade de forma, e outra de conteúdo.

Forma: Notem que Jesus estava sentado diante do gazofilácio, observando "como o povo lançava ali o dinheiro". O objectivo dEle parece claro: não era saber quanto cada um depositava. Mas como, com que atitude, com que motivação, com que encenação ou exteriorização. Aliás, antes desta história, vemos Jesus repreendendo os fariseus por causa da sua excessiva preocupação em fazer coisas para serem vistos e apreciados pelos outros.

Conteúdo: "Porque todos ofertaram o que lhes sobrava", concluiu Jesus. Aqui, é evidente a preocupação de Cristo com sinceridade da forma, com a intensão e com o valor da atitude dos contribuintes.
Pense por exemplo no tempo que passa com os seus familires, ou na qualidade das suas relações de amizade, ou ainda na sua atitude diante de alguém que precisa de ajuda e de solidariedade.

Por vezes fazemos coisas, porque convém e estimulam o nosso ego. Mas esquecemos, que o valor das nossas acções não depende da sua quantidade, mas sim da sua qualidade. Ofertamos sobras, quando damos o tempo que não nos faz falta, quando ajudamos quando não temos o que fazer, quando estamos com os outros apenas quando precisamos deles. Ofertamos coisas com valor, quando tiramos do tempo que precisamos, quando ajudamos com o pouco que temos, quando estamos com os outros quando eles precisam de nós.

O valor das nossas acções, mede-se, antes de mais, pela sua importância para nós próprios!

terça-feira, 12 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras inoportunas

Ia Jesus a Jerusalém com os seus discípulos. Enquanto caminhavam, Ele partilhava com eles o sofrimento que havia de passar, e como haveria de ser morto na cruz.
No meio desta momento de grande angústia e ansiedade, dois de seus discípulos interromperam-no dizendo:

Mestre, queríamos que nos fizesses o que pedimos.
E Ele lhes disse: Que quereis que vos faça?
E eles disseram: Concede-nos que, na tua glória, nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda. - Evangelho segundo Marcos 10:35-37

No momento tão difícil, Jesus esperava de seus discípulo solidariedade e compreensão. Enfrentar o sofrimento e a morte não era algo Ele assumisse com descontracção.
No entanto, o que vemos é que dois deles (e os restantes 10 nada disseram, mas ficaram entristecidos com a atencipação dos companheiros, visto que no fundo eles também tinham a mesma ambição) estavam mais interessados no futuro, nos ganhos e lugares de destaque que haviam de ocupar na eternidade.

Em resposta, Jesus disse-lhes que a decisão em relação a quem deverá sentar à sua direita ou à sua esquerda não era da sua competência, mas é "para aqueles a quem está destinado" (v.40)

Este acontecimento revela que ninguém está imune à ambição e ao oportunismo. Mas podemos estar prevenidos e atentos. A ambição e o oportunismo são insensíveis àquilo que o outro passa e sente, porque invariavelmente são gerados por pessoas egoístas e preocupadas consigo próprias. Por isso, esteja atento!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

SABER VIVER - O amor do jovem rico

E pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual ajoelhou-se diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? - Evangelho Segundo Marcos 10:17

Sempre que leio esta história bíblica, fico deveras impressionado com a atitude desse jovem. Era novo e rico. Conhecia a Jesus e reconhecia-O como bom e como Mestre. Em resposta, Jesus disse-lhe que ninguém é bom, senão Deus. Mas este jovem, provavelmente, reconhecia a divindade de Jesus, ao ajoelhar-se aos seus pés, em atitude de reverência e adoração.

De facto, Jesus ficou impressionado com a sua postura e diligência. O jovem foi irrepreensível na abordagem a Jesus, como também no cumprimento da Lei de Moisés que obrigava os judeus a seguir rigorosamente os 10 Mandamentos.

Mas toda esta imagem "religiosamente correcta" deste jovem, esvaiu-se quando no derradeiro teste que lhe daria acesso a vida eterna, Jesus disse: "Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro nos céus" (v.21)
Em resposta, o jovem virou as costas a Jesus, retirou-se triste, "porque possuia muitas riquezas" (v.22)

A grande questão que se coloca é esta: Por que Jesus sugeriu ao jovem que se desprendesse dos seus bens materias, legitimamente adquiridos?
Parece claro, lendo as palavras de Jesus ao comentar este episódio com os seus discípulos (v.29,30), que a razão era a confiança. Era um teste de confiança! Jesus queria perceber até que ponto aquele jovem confiava verdadeiramente nEle.

No final, disse Jesus aos seus discípulos: "Ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, neste tempo (...) e no século futuro, a vida eterna".

Tudo o que ele daria ao pobres, receberia de volta a multiplicar por cem. É espantoso o que Deus dá àqueles que depositam a sua confiança nEle.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

SABER VIVER - O Juízo Final

Caros leitores,

No Evangelho de Mateus 25:31-46, temos um relato profético extraordinário acerca daquilo que acontecerá no dia do Juízo Final.
Nesse dia, é-nos dito que uns entrarão na posse do Reino do Céus (lugar ou período de gozo eterno com Deus), mas outros irão para o Fogo Eterno (também designado por Inferno):
Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos"

Mas três questões se levantam acerca deste relato:

1. O Inferno existe?
Não tenhamos dúvidas nenhumas, de que existirá uma realidade intemporal tremendamente dolorosa para aqueles a quem ele se destina.

2. Por que existe o Inferno?
Ao contrário daquilo que se diz, o Inferno será uma realidade ad hoc no plano criativo divino. De facto, o Reino de Deus é uma realidade que foi planeada e executada por Deus deste o início da criação do universo. Mas o Inferno, não foi planeado por Deus e surge "acidentalmente" em virtude da queda de um dos anjos mais belos e cheios de sabedoria, transformado em Diabo.

3. A quem se destina o Inferno?
Foi para o Diabo e para toda a equipa de anjos que com ele cairam, que se destinou o Inferno.

Portanto, fica claro que sendo Deus um Deus de amor, não poderia ter planeado algo tão trágico para os seres humanos por Ele criados à sua imagem e semelhança.
Mas também deve ficar claro, que para o Diabo e para todos os seus cúmplices e seguidores (quer sejam anjos, quer sejam seres humanos), o Inferno será uma realidade incontornável, não porque Deus o queira, mas porque os homens são dotados do conhecimento do bem e do mal e de capacidade de escolha.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

SABER VIVER - A Parábola do cego que guia outro cego

Propôs-lhes Jesus também uma parábola: Pode porventura um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?
Porque vês tu o argueiro no olho do teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. - Evangelho Segundo Lucas 6:39,41,42

De entre várias lições a tirar desta ilustração, quero destacar duas:

Primeira: O cego não pode guiar outro cego.
Hoje em dia não é de todo impossível ver um cego guiando outro cego, porque as varas e outros mecanismos de orientação facilitam, ainda que ténuamente, a vida dos invisuais.
Todavia, os cegos preferem ser guiados por aqueles que têm visão, porque isso lhes garante mais segurança nos seus movimentos.

No entanto, esta parábola ensina-nos que, infelizmente, na vida real há "cegos" que têm a pretensão de guiar outros "cegos". Esses "cegos", são aquelas pessoas que se julgam melhores que os outros. Esses indivíduos julgam, avaliam, criticam, dão orientação aos outros quando eles mesmos não possuem argumentos que lhes permitam ser um exemplo para ninguém.

Segunda: O que tem a trave, não pode ver o argueiro do outro.
Esta segunda lição é extraordináriamente caricata. Representa alguém que não só não vê, como ignora o seu estado de invisual e procura guiar aquele que eventualmente se encontra em melhor estado.
Esta hipocrisia, pode ter consequências piores para o que tem a trave do que para o que possue o argueiro.

terça-feira, 5 de junho de 2007

SABER VIVER - Uma história que fala por si

Caros leitores,

No diário de ontem, falamos sobre o ensino de Jesus acerca do perdão.
Para ilustrar o seu ensino, Jesus contou esta história que vos peço que leiam atentamente e pensem, porque esta bem pode ser uma história da vida real:

Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar as contas com os seus servos.
E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia 10 mil talentos.
Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos, e tudo quanto possuia, e a dívida fosse paga.
Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei.
E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia 100 denários (1 talento valia 6000 denários); e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te pagarei.
Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. - Evangelho Segundo Mateus 18:23-30

Ao saber do que havia acontecido, o senhor mandou chamar o seu servo e recordou-lhe que o havia perdoado por uma dívida bem mais elevada do que aquela que ele exigiu ao seu conservo.
Assim, aquele senhor mandou açoitar o seu servo e prendê-lo na prisão.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras de Jesus

Então Pedro, aproximando-se, perguntou-lhe: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. - Evangelho Segundo Mateus 18:21,22

Esta resposta de Jesus é deveras interessante. Vamos tentar entendê-la melhor:

Pedro, na sequência do ensino de Jesus sobre a forma como se deve tratar alguém que magoa a seu próximo, perguntou - talvez de forma retórica - se devia ser até sete vezes.
O número sete era, simbolicamente, o número perfeito. Perdoar sete vezes, significaria ter cumprido rigorosamente o "perdão perfeito". Mais do que isso não seria, de facto, uma obrigação, nem um dever do ofendido; mas o ónus da prova passaria a recair sobre o ofensor.

Mas Jesus revela-nos na sua resposta ao seu discípulo Pedro, que o código de conduta que deve harmonizar as relações humanas não se deve reger por intensões nem por critérios meramente legalistas, mas sim pelo sentido do amor pelo outro. Perdoar setenta vezes sete, é perdoar sempre. É aprender a perdoar perdoar para além da lei dos limites da nossa vontade individual, por amor ao outro.

Deus nos perdoa, não porque nós merecemos, mas porque ele nos ama profundamente.

domingo, 3 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras de profecia

Ai de ti, corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidom se tivesse operado milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza.
E contudo vos digo: No dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós outros. - Evangelho Segundo Mateus 11:21,22

Estas palavras devem ter sido proferidas com enorme tristeza e amargura por Jesus. Tiro e Sidom, foram grandes centros comerciais situados na Costa do Mediterrâneo. Eram cidades soberbas, tal era o explendor da sua beleza e riqueza.
No entanto, foram destruidas devido à sua vaidade perante Deus.

Corazim e Betsaida, eram cidades localizadas no noroeste do mar da Galiléia sobre as quais pouco se sabe.

Mas o aspecto essencial do texto que vos apresento, é que tanto Corazim como Betsaida foram alvos de numerosos milagres de Jesus durante o seu ministério. Jesus deu-lhes várias oportunidades para se redimirem e se arrependerem. No entanto, mesmo beneficiando dos seus milagres, rejeitaram a Sua mensagem e o seu apelo para mudarem de vida.

Na sua declaração final, Jesus revela-nos que haverá mais tolerância para com Tiro e Sidom, não porque não houvessem igualmente prevaricado contra Deus, mas porque - ao contrário de Corazim e Betsaida - nunca tiveram a oportunidade de receber a Jesus e os seus milagres. Nunca tiveram tantas oportunidades e apelos para se arrependerem e mudar de vida. Nunca foram confrontados com a realidade do Evangelho de Cristo.

Quanto a si, caro leitor, desejo que nunca perca a oportunidade que Cristo oferece. A mensagem do Evangelho, é a única verdade que oferece satisfação e realização espiritual. Ouça-a e mude de vida!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

SABER VIVER - Palavras de Jesus

Então trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.
Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele.
Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava. - Evangelho Segundo Marcos 10:13-16

Celebra-se hoje o dia da criança. Neste dia, as atenções focam-se sobretudo nos direitos das crianças e das suas necessidades. As crianças são homenageadas, presenteadas, mimadas, não se sabe bem porquê. Mas talvez porque são crianças, seres indefesos, geradores de sentimentos mais nobres de afecto, amor e carinho.

Ora, no trecho acima referido, curiosamente vemos Jesus olhando para as crianças não apenas como seres com direitos, mas como grandes exemplos de virtudes para os adultos, sendo estes chamados a seguir as suas virtudes.
Mas por que razão considerava Jesus as crianças um exemplo através do qual os adultos podiam ter acesso ao Reino de Deus?

O Reino de Deus, representa a aceitação do Evangelho de Cristo e a vivência dos seus valores espirituais em obediência a Deus. Portanto, viver sob o signo do Evangelho de Cristo, é uma decisão que só pode ser tomada e vivida por aqueles que apresentam três virtudes encontradas nas crianças:

Primeira: SINCERIDADE - As crianças são pela sua natureza, sinceras. Sinceras nas coisas certas e nas coisas erradas que fazem.
Neste sentido, receber e viver o Evangelho de Cristo requer sinceridade absoluta naqueles que o fazem. De outra maneira, Não será possivel agradar a Deus.

Segunda: DEPENDÊNCIA - Este episódio surge na sequência da estadia de Jesus na Judéia, onde ensinava o povo. Um grupo de fariseus (líderes religiosos judáicos, conservadores e que constantemente se opunham à sua mensagem), aproximou-se dEle a fim de saber a sua opinião sobre o divórcio. Jesus, frontalmente se manifestou contra.
Neste sentido, as crianças são um exemplo para aqueles que receberam ou desejam receber o Evangelho de Cristo, porque são totalmente dependentes dos seus pais. Os pais, são para elas a personificação da sua segurança e fonte de satisfação de todas as suas necessidades.

Terceira: CONFIANÇA - Alguém poderia merecer total confiança para as crianças que os seus pais?

Por isso, as crianças podem e devem ser um exemplo para os adultos. Porque neles, encontramos as virtudes que nos podem aproximar de Deus, ajudando-nos a viver vidas felizes!