sexta-feira, 15 de junho de 2007

SABER VIVER - O Exemplo da Viúva Pobre

Sentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias.
Vindo, porém, uma viúva pobre depositou duas pequenas moedas (...).
E chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes.
Porque todos ofertaram os que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuia, todo o seu sutento.- Evangelho Segundo Marcos 12:41-44

Esta é uma história sobejamente conhecida. Mas a sua leitura atenta levanta duas questões que gostaria de partilhar connvosco: Jesus parece pretender ensinar uma verdade de forma, e outra de conteúdo.

Forma: Notem que Jesus estava sentado diante do gazofilácio, observando "como o povo lançava ali o dinheiro". O objectivo dEle parece claro: não era saber quanto cada um depositava. Mas como, com que atitude, com que motivação, com que encenação ou exteriorização. Aliás, antes desta história, vemos Jesus repreendendo os fariseus por causa da sua excessiva preocupação em fazer coisas para serem vistos e apreciados pelos outros.

Conteúdo: "Porque todos ofertaram o que lhes sobrava", concluiu Jesus. Aqui, é evidente a preocupação de Cristo com sinceridade da forma, com a intensão e com o valor da atitude dos contribuintes.
Pense por exemplo no tempo que passa com os seus familires, ou na qualidade das suas relações de amizade, ou ainda na sua atitude diante de alguém que precisa de ajuda e de solidariedade.

Por vezes fazemos coisas, porque convém e estimulam o nosso ego. Mas esquecemos, que o valor das nossas acções não depende da sua quantidade, mas sim da sua qualidade. Ofertamos sobras, quando damos o tempo que não nos faz falta, quando ajudamos quando não temos o que fazer, quando estamos com os outros apenas quando precisamos deles. Ofertamos coisas com valor, quando tiramos do tempo que precisamos, quando ajudamos com o pouco que temos, quando estamos com os outros quando eles precisam de nós.

O valor das nossas acções, mede-se, antes de mais, pela sua importância para nós próprios!

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