sexta-feira, 27 de abril de 2007

Vidas Ilustradas - PARÁBOLA VI

"BEBE A ÁGUA DA TUA PRÓPRIA CISTERNA, E DAS CORRENTES DO TEU POÇO". ( Provérbios de Salomão 5:15)

Viví durante alguns anos num regime de internato. Uma das minhas maiores angústias era não perceber por que é que havias colegas que se atreviam a consumir bens alimentares alheios, mesmo quando devidamente identificados, sem quaiquer pudores nem ressentimentos.

Pensando neste provérbio de Salomão, há duas lições a tirar:

1ª) Beber da água da minha própria cisterna, e das correntes do meu poço, significa ser fiel ao meu compromisso assumido. Quer dizer ter pudor em faltar à verdade, em relação ao pacto de fidelidade e sinceridade relativamente à esposa ou ao marido.

Infelizmente, vivemos tempos penosos em que a fidelidade e a sinceridade no casamento perderam o sentido e a vergonha. Relacionamentos se destroem, casamentos com prazo de validade, filhos que perdem referências e valores da família, etc. Mas tudo isso, infelizmente, continua a não despertar consciências para a mudança.

2ª) Beber a água da minha própria cisterna, e das correntes do meu poço, significa não apenas ser fiel ao outro, mas também assumir um compromisso de fidelidade.
A necessidade de querer viver sem compromisso - a isto alguns chamam liberdade - leva muitos a assumir relacionamentos fugazes, platónicos ou, como hoje se diz, "amizades coloridas".

Beber a água da nossa citerna, e das correntes do nosso poço revela sobretudo duas coisas:
que somos humanos e naturalmente diferentes do animais irracionais comandados pelo instinto; e que sendo seres civilizados, respeitamo-nos mutuamente.

A fidelidade na vida, é como a honra de um militar: quando se perde, dificilmente se volta a recuperar!

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