Sonhos de Um Mundo Melhor - A PÁSCOA: ORIGEM E SIGNIFICADO

Caros leitores e amigos,


O que é a Páscoa?

O significado central da Páscoa, está indissoluvelmente associado com a nossa cosmovisão de Deus.

Na história bíblica, a instituição da Páscoa está registada no livro de Êxodo12. E a sua celebração foi no Egipto, onde o povo de Israel se encontrava sobre a autoridade de Faraó.
Por isso, quero partilhar convosco a perspectiva histórica do sentido da Páscoa, vista por três intervenientes bíblicos; através dos quais podemos apreender o significado espiritual desta festa.

Interveniente 1: Para os egípcios, a noite da Páscoa significava: a consumação do juízo predito; a recompensa pelos pecados cometidos; a revelação da justiça de Deus; a inutilidade dos deuses pagãos; a retirada do povo de Deus do seu meio, e a destruição do seu orgulho nacional.
Esta cosmovisão dos egípcios acerca da Páscoa, resultava da consciência da sua leviandade no relacionamento com os israelitas, o que suscitara a ira de Deus e o extraordinário livramento do seu povo.

Interveniente 2: Para Israel, a Páscoa realizava-se na base da revelação e expressão do perdão: eles eram pecadores e mereciam o castigo de um Deus Santo, mas tinham a certeza da protecção divina e da Sua acção com vista à sua libertação (salvação). O sangue do cordeiro pascal era espargido, dando-lhes garantias da isenção do juízo e o cordeiro era finalmente imolado.

Interveniente 3: Para o cristão, Cristo crucificado é o cordeiro pascal (de acordo com 1 Corintios 5:7) e nós, à semelhança dos israelitas, reconhecemos o juízo que merecemos; compreendemos que Deus promove a nossa salvação; que o sangue de Cristo na cruz precisa de ser apropriado pela fé; que podemos ficar descansados ainda que a justiça de Deus se revele, porque estamos imunes e protegidos pelo sangue de Cristo.

E o que é que celebramos, quando falamos da tradição da Páscoa?

Diz-se, que a tradição pascal de oferecer ovos e coelhos, símbolos de fertilidade e de vida nova, é inspirada em Ostera - deusa pagã anglo-saxónica da primavera.

Mas sendo a nossa sociedade guardiã dos valores do Cristianismo e das suas tradições; vale a pena reflectirmos naquilo que verdadeiramente nos motiva a celebrar a Páscoa. Há, certamente, a vertente lúdica da celebração da vitória de Cristo sobre a morte.
Mas a Páscoa é Cristo oferecendo-se como cordeiro, para nos libertar e nos dar a conhecer o perdão de um Deus, cuja a essência é o amor.