domingo, 13 de maio de 2007

Vidas Ilustradas - PROVÉRBIO XVI

"MAIS VALE O BOM NOME DO QUE AS MUITAS RIQUEZAS; E O SER ESTIMADO É MELHOR DO QUE A PRATA E O OURO". (Provérbios de Salomão 22:1)

Quero antes de mais esclarecer que não existe em nenhuma parte da Bíblia e nos ensinos de Jesus, qualquer censura ao simples facto de se possuir riquezas e bens materiais. As riquezas, são muitas vezes até associadas à benção de Deus.

Mas ao analisarmos este provérbio, somos confrontados com o valor da pessoa humana medido e avaliado por aquilo que intrinsecamente é, e não por aquilo que possui.

Ora, qual é o significado do "bom nome" neste provérbio?
O sentido atribuido ao "bom nome", vem logo a seguir: "o ser estimado".

O "bom nome" não é, portanto, possuir um nome conotado com a nobreza ou com aristocracia; nem é possuir um nome cujo significado personifica a sorte, a grandeza, a inteligência, a beleza e virtuosidade física, a divindade, a fama e o sucesso de outra pessoa.
O "bom nome", é a caracterização ou revelação daquilo que alguém é, dos seus feitos e valores por ele realizados e defendidos, e que serão a marca registada da sua vida. É "ser estimado" por aquilo que se é, se realizou ou se lutou na vida.

Pensemos naquilo que nos lembram nomes como Jesus, Martin L. King, Madre Teresa de Calcutá, Galileu ou Rosa Mota!
Certamente, a nossa memória recorda-nos aquilo que eram, fizeram e conquistaram. São pessoas que estimamos muito e admiramos não pelas riquezas e bem materiais que eventualmente possuiram, mas apenas pelo legado que nos deixaram em virtude da vida que viveram.

Infelizmente, a sociedade e o mundo no qual vivemos apela-nos para a importância de termos coisas. Atribue-se valor às pessoas, ou bom nome, se estas forem bem sucedidas financeiramente ou profissionalmente, se tiverem títulos académicos ou se tiverem nome de boas famílias.

Ao terminar a leitura deste texto, pense bem na futilidade de avaliar as pessoas em função das coisas. Afinal de contas, os seres humanos são aquilo que são e têm dignidade própria. E no futuro só nos lembraremos daqueles que verdadeiramente estimamos e admiramos, cujas vidas nos deixaram o registo daquilo que foram.

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